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Trump reconhece apoio da China na reaproximação entre Coreias

27/04/2018 10h46

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saudou as Coreias do Sul e do Norte pelo anúncio histórico de pleno acordo sobre desarmamento nuclear, bem como o compromisso demonstrado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, de acabar com as hostilidades que separam os dois países há mais de meio século. Trump também elogiou o presidente chinês Xi Jinping, e reconheceu que a ação da China no processo foi fundamental.

"Por favor, não esqueça a grande ajuda que meu bom amigo, o presidente Xi, da China, deu aos Estados Unidos, particularmente na fronteira da Coreia do Norte. Sem ele, teria sido um processo muito mais longo e difícil!", escreveu em mensagem no Twitter.

Em texto anterior, o presidente norte-americano escreveu, destacando trechos em caixa alta: "GUERRA COREANA PARA O FIM! Os Estados Unidos e todos os seus GRANDES habitantes devem estar muito orgulhosos do que está acontecendo na Coreia! Coisas boas estão acontecendo, mas só o tempo dirá!"

Hoje (27) de manhã, fim da noite no horário local, em anúncio conjunto, os líderes dos dois países concordaram em encerrar a Guerra da Coreia, 65 anos após o fim das hostilidades.

A declaração conjunta, assinada pelas duas Coreias, diz que "não haverá mais guerra na Península". O encontro histórico ocorreu depois de um ano tenso, com constantes exercícios nucleares por parte de Pyongyang e intensa atividade militar dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e do Japão na região.

No ano passado, durante os debates da Assembleia Geral das Nações Unidas, Donald Trump fez um duro discurso contra Kim Jong-un e afirmou que atacaria o país com "fogo e fúria". Agora, com outro ânimo, Trump afirma que a atitude de Kim foi honrosa.

A decisão de desnuclearização é uma exigência de Washington para que o encontro com Trump aconteça.

No ano passado, a Coreia do Norte sofreu sanções, em três ocasiões, pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, e passou a ser bastante pressionada pelo principal parceiro comercial, a China. O governo chinês, em vários momentos, defendeu a saída diplomática para o conflito.