O ministro extraordinário de Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que o governo federal fez uma parceria com os estados, sob a ótica da Segurança Pública, para acompanhamento das manifestações dos caminhoneiros no comitê de crise instalado em Brasília. Embora, na visão dele, a responsabilidade em relação à ordem pública caiba aos estados, o governo federal colocou a Polícia Rodoviária Federal à disposição se houver necessidade em alguma unidade da federação. Jungmann reconheceu que as manifestações provocam impactos econômicos, mas não teme uma paralisia. "Existem efeitos econômicos, mas eles são pontuais. Em alguns locais houve bloqueios de saída de combustível de aviação, um caso, que é o que me parece estar acontecendo em Suape [PE]. Nós estamos em contato com governadores e com secretários de Segurança, acompanhando toda essa movimentação, mas reitero que, até aqui, não sofremos nenhuma solicitação dos estados para que o governo federal disponibilizasse recursos e forças", disse.
Rio de Janeiro
Na cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Transportes informou que recebeu ofício dos consórcios de ônibus para comunicar que, em consequência da greve dos caminhoneiros, não estão recebendo diesel nas garagens. Os consórcios pediram apoio da prefeitura no contato com os órgãos de segurança pública para a escolta de carretas de combustível às garagens. Os consórcios solicitaram ainda autorização excepcional de contingenciamento da frota nas ruas até que a situação seja normalizada. Com isso, a circulação dos ônibus na cidade será afetada. A prefeitura do Rio recomendou que a população faça os deslocamentos, prioritariamente, por transporte público de massa, como metrô, trem e VLT. Por causa disso, a secretaria pediu às concessionárias desses serviços um reforço diante da possibilidade de aumento da demanda de usuários. Os impactos causados pela greve dos caminhoneiros e a possibilidade de diminuição da frota de ônibus será monitorada pelo Centro de Operações (COR) da prefeitura do Rio.
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