Novo primeiro-ministro da Itália veio do FMI
O novo primeiro-ministro interino da Itália veio do FMI (Fundo Monetário Internacional), Carlo Cottarelli. Mas o anúncio de sua nomeação, no domingo (27), não segurou os mercados financeiros no mundo. Eles desabaram. Os italianos votaram em 3 de março e elegeram dois partidos antieuropeus e populistas, a Liga e o 5Estrelas, que começaram então a formar um governo. Só que eles escolheram um conhecido opositor do euro para ministro da Finança, Paolo Savona, de 81 anos, e incorreram no veto do presidente Sergio Mattarella. Foi aí que Giuseppe Conte, acadêmico inexperiente que seria o novo primeiro-ministro, resolveu sair. A Liga e o 5Estrelas estão agora querendo o impeachment do presidente Mattarella, argumentando que ele trocou um governo eleito pela maioria por alguém que não teve sequer um voto. O tumulto transbordou da Itália e contagiou a Europa, principalmente Portugal e Espanha, e derrubou 400 pontos da Dow, em Wall Street. Fala-se agora em Italexit, como uma versão do Brexit, o divórcio do Reino Unido da União Europeia. O primeiro-ministro Cottarelli deve marcar novas eleições para julho ou setembro. Elas tenderão a se tornar de fato um plebiscito sobre o futuro da Itália na Europa, ou a independência. Tempos difíceis para a União Europeia: o governo espanhol vai enfrentar ainda nesta semana um voto de não confiança. E Hungria e Polônia tornaram-se estranhos no ninho.
*O jornalista Moisés Rabinovici é comentarista da Rádio Nacional e apresentador do programa Um olhar sobre o Mundo, na TV Brasil
*O jornalista Moisés Rabinovici é comentarista da Rádio Nacional e apresentador do programa Um olhar sobre o Mundo, na TV Brasil
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