Desabrigados em desabamento impedem limpeza no centro de São Paulo
Acampados desde o início de maio no Largo do Paissandu, no centro da capital paulista, os desabrigados com o incêndio do Edifício Wilton Paes de Almeida impediram uma ação de limpeza da praça programada hoje (20) pela prefeitura. O prédio, que desabou no dia 1º de maio matando seis pessoas, era ocupado por 279 famílias, de acordo com número da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Segundo um dos membros do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Ariel de Castro Alves, os acampados não quiseram desmontar as barracas porque várias eram frágeis demais para serem refeitas e outras estão armazenando alimentos e objetos pessoais. Uma das desabrigadas, Tatiana Pereira dos Santos, disse que a prefeitura tentou demonstrar, com a proposta de higiene, uma preocupação que não tem tido na prática. "Eles falaram que é por causa das crianças, da sujeira. E o sol e a chuva, não nos deixam doentes?", reclamou a mãe de seis filhos sobre estar exposta aos rigores do clima por tanto tempo. A desabrigada diz que a municipalidade prometeu começar a pagar o auxílio aluguel até o próximo dia 25. Tatiana tem 37 anos e vivia há três meses na ocupação do prédio que desabou. Antes de chegar ao edifício, morava nas ruas com os filhos com idades entre 3 e 14 anos.
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