"Rei dos fiscais" é preso preventivamente em São Paulo
O ex-auditor fiscal José Rodrigo de Freitas, conhecido como o "rei dos fiscais", foi preso hoje (21), de forma preventiva, após uma investigação conduzida pelo Ministério Público sobre a máfia dos fiscais na prefeitura de São Paulo. O apelido foi dado a Freitas por seus próprios colegas de trabalho na prefeitura paulistana. Freitas foi preso porque, segundo o MP, continuou administrando seu patrimônio, que havia sido bloqueado pela Justiça. "Mesmo com ordem judicial determinando o afastamento dele em relação à administração do patrimônio, ele continua e reitera a intenção de continuar se locupletando desse patrimônio criminoso", falou o promotor Rodrigo Bodini. A investigação contra Freitas começou, segundo Bodini, após o Ministério Público ter notado a sua incompatibilidade patrimonial. Ele recebia em torno de R$ 15 mil como servidor municipal, mas tinha um patrimônio estimado entre R$ 45 milhões a R$ 80 milhões pelo Ministério Público, sendo proprietário de cerca de 80 imóveis, entre flats, galpões comerciais e casas de veraneio. Freitas, no entanto, declarou apenas R$ 25 milhões desse valor. Em 2015, suspeito por acumular um patrimônio tão alto, incompatível com o salário, a Justiça determinou o bloqueio de seus bens e nomeou um administrador judicial para tomar conta deles. No entanto, no decorrer das investigações, o Ministério Público notou que os imóveis de Freitas não apresentavam rendimentos por locação e o administrador foi substituído. O novo administrador judicial notou que havia irregularidades na gestão anterior e relatou que o antigo administrador havia contratado a imobiliária da esposa de Freitas para gerir os negócios. "Na prática, o auditor fiscal continuou administrando seu patrimônio porque os alugueis eram depositados na conta da imobiliária, de propriedade da esposa dele, e ela se encarregava a passar isso para o Poder Judiciário", explicou Bodini, ressaltando que o antigo administrador está sendo objeto de investigação. "Segundo o administrador anterior, os imóveis estavam desocupados. Mas verificamos que haviam contas de luz no valor de R$ 400, levando a crer que esses imóveis eram alugados, tinham rendimento, mas formalmente, perante o juiz, estavam desocupados", acrescentou. Agora, o Ministério Público espera que os imóveis de Freitas sejam vendidos e que o valor da venda dessas propriedades sirvam para ressarcir os cofres públicos.
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