Estudo da UERJ aprova qualidade de dados de homicídio do estado do Rio
O Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) divulgou hoje (25) os resultados de uma avaliação da qualidade e da confiabilidade das estatísticas de homicídio fornecidas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Seseg). Os pesquisadores se basearam em dados de 2006 e de 2016 e constataram uma sensível melhora ao longo desses 10 anos, levando ao cumprimento da maioria dos requisitos estabelecidos pelo Protocolo de Bogotá, criado por organizações da sociedade civil e acadêmicos em 2015. Com o resultado da avaliação, foi concedido ao Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão responsável pela divulgação dessas estatísticas no Rio de Janeiro, o selo de transparência criado pelo Laboratório de Análise da Violência. Entre os critérios cumpridos pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), responsável por fornecer essas estatísticas no Rio de Janeiro, estão a ampliação do conceito de homicídio, a convergência com os dados produzidos pelos órgãos de saúde, a periodicidade da divulgação e o registro de variadas informações sobre a vítima, o fato e o agressor. Também foi elogiada a transparência tanto das informações veiculadas na internet como aquelas fornecidas por demanda. Por outro lado, verificou-se um alto índice de dados perdidos no que diz respeito à idade e ao sexo das vítimas. "Importante esclarecer que nós analisamos os dados elaborados a partir dos registros de ocorrência da Polícia Civil. Não há nenhuma análise sobre o resultado das investigações. Nosso olhar é somente sobre os registros de homicídio", explica Doriam Borges, pesquisador do Laboratório de Análise da Violência. O Protocolo de Bogotá é resultado da Conferência sobre Qualidade de Dados de Homicídio na América Latina e Caribe, realizada na Colômbia em 2015 que contou com mais de 90 participantes, entre especialistas e representantes da gestão pública e da sociedade civil de 12 países da América Latina e do Caribe. Foram definidos oito critérios necessários para a validade e a confiabilidade de informações sobre homicídios. Também se discutiu a importância da transparência dessas informações.
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