UnB cria método para produção de látex hipoalergênico
Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um método para produção de materiais hipoalergênicos de látex de borracha natural, que poderão ser utilizado na fabricação de camisinhas, luvas cirúrgicas, cateteres e outros itens. Além de não causar alergias, os produtos podem mais resistentes. O processo já foi patenteado.
O que os pesquisadores desenvolveram foi uma forma de inativar proteínas alergênicas no látex de borracha natural. "O látex é um meio biológico muito rico, temos lá mais de 200 tipos de proteínas diferentes nele. No entanto, 13 delas são alergênicas e podem fazer mal à saúde. Quando se trata de usar o cateter em posição de contato muito próximo da mucosa, se a pessoa for alérgica pode ter um choque anafilático e vir a óbito", explicou o professor Floriano Pastore Júnior, que lidera a pesquisa no Instituto de Química da instituição. Em experiências anteriores, as proteínas eram retiradas do látex para evitar a alergia. "Em vez disso, partimos para uma abordagem diferente, porque vimos que retirar as proteínas tirava a resistência dos filmes feitos com látex. Então, a forma encontrada para evitar esse efeito foi não retirar as proteínas e, sim, bloquear a ação delas, o que foi feito por meio da utilização de tanino. Feito a partir do chá da casca da acácia-negra, o tanino é usado no curtimento de pele animal, para transformá-la em couro. Nesse processo, o tanino passa a funcionar como escudo de proteção das proteínas, evitando ataques de bactéria, dando estabilidade e longevidade ao couro. "Usamos a reação química do tanino com a proteína do couro para proteger as proteínas do látex. Essas proteínas permanecem com uma capa de tanino vegetal e não desenvolvem mais reações alérgicas", disse o professor.
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