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Justiça decreta prisão preventiva do "Dr. Bumbum" e manda soltar a mãe dele

19.jul.2018 - Denis Furtado, o Dr. Bumbum, e a mãe dele, Maria de Fátima, na ocasião em que foram presos - Divulgação / 31º BPM
19.jul.2018 - Denis Furtado, o Dr. Bumbum, e a mãe dele, Maria de Fátima, na ocasião em que foram presos Imagem: Divulgação / 31º BPM

17/08/2018 17h45

A juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal da capital, decretou nesta sexta-feira (17) a prisão preventiva do médico Denis Cesar Barros Furtado, 45, conhecido como Dr. Bumbum.

Ele é acusado de homicídio qualificado pela morte da bancária Lilian Calixto, 46, que foi de Cuiabá ao Rio de Janeiro para fazer um preenchimento de glúteos e acabou morrendo horas depois no Hospital Barra D'Or, vítima de embolia pulmonar.

Na decisão, a magistrada ressalta a gravidade do caso em que o réu, em sua conduta profissional, não aparentou ter atenção com a saúde de seus clientes. Viviane afirmou que a prisão preventiva é necessária para evitar que outros crimes sejam cometidos e para garantir a instrução criminal.

A juíza destaca a periculosidade do réu e a possibilidade de continuação da prática criminosa e diz que a liberdade dele "perturbaria a ordem e tranquilidade públicas", sendo, por isso, "imperioso" o decreto prisional.

A juíza revogou a prisão temporária da médica Maria de Fátima, mãe de Denis, que foi cassada pelo Conselho Regional de Medicina, e determinou que ela, a namorada do médico, Renata Cirne, e a assistente dele, Rosilene Pereira, cumpram medidas cautelares como não frequentar a clínica onde foi feita a operação de Lilian, não se ausentar do Rio e comparecer mensalmente à vara criminal.

Viviane acrescenta que as medidas cautelares diversas da prisão são necessárias devido à "gravidade das condutas imputadas às rés", que teriam ajudado o médico, dando suporte para a realização de procedimentos estéticos "mediante a aplicação de substância química em quantidade acima do recomendado e em local impróprio, colaborando para o resultado fatal e criando risco à vida de indeterminado número de pessoas".

A denúncia contra o médico, sua mãe, a namorada e uma ajudante dele foi apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) no dia 7 deste mês, pelo crime de homicídio doloso.