Violência contra a mulher: maioria de casos é reincidente
Na manhã da última sexta-feira (17), em uma região movimentada da capital federal, Amanda*, 34 anos, era sacudida no ar pelo parceiro na frente de diversas pessoas que circulavam apressadas. Mesmo assim, homens e mulheres pararam para observar a briga por alguns minutos. A caminho do trabalho, uma psicóloga - que atende no Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) - foi a única a intervir na situação. Com a ajuda de dois vigilantes do local, se aproximou do casal. O homem não apresentou resistência e, minutos depois, foi conduzido por policiais militares para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher. Já Amanda foi levada para o Ceam, onde foi acolhida para se acalmar e relatar a situação. "Estou com medo", disse a vítima para a psicóloga. As agentes sociais deram orientações com relação a direitos e acompanharam a mulher até a delegacia para registrar a ocorrência.denunciados ou expostos, podem resultar em crimes mais graves como o feminicídio. De acordo com Graciele, pelo menos duas mulheres foram mortas pelos parceiros depois de saírem do acolhimento na Casa Abrigo - local que faz parte de uma rede de instituições que visam a prestar assistência às vítimas e aos seus filhos. "Não é apenas violência física. Nós temos a violência moral e psicológica até a financeira. E sabemos que a primeira violência não para por aí. Muitos feminicídios poderiam ter acabado com uma denúncia nas fases iniciais", alerta a secretária nacional de Mulheres, Andreza Colatto.
O episódio, acompanhado pela equipe de reportagem da Agência Brasil, não foi o primeiro vivido por Amanda. Há três meses, ela já tinha sido acolhida pela Casa Abrigo por agressões do companheiro, incluindo estrangulamento e ameaça de morte. Segundo a assistente social que chefia um dos Ceams do DF, Graciele Reis, casos reincidentes de violência contra a mulher são comuns e, quando não
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Apenas assinantes podem ler e comentar
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso