Próximo presidente poderá modificar regra de ouro e teto de gastos
O senador Dalirio Beber (PSDB-SC), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) sancionada semana passada, prevê que o Congresso, nesta ou na próxima legislatura, venha rever a chamada "regra de ouro" das contas públicas, a norma constitucional que proíbe a União de se endividar para cobrir gastos correntes, como o salário dos servidores, almoxarifado ou contas de água, energia e telefone. "Hoje existe consciência por parte do Congresso no sentido que a regra de ouro deve ter uma flexibilização para permitir que o Executivo não encare isso só como uma punição, mas uma necessidade de que o país volte à condição de equilíbrio orçamentário e equilíbrio fiscal", avalia o senador, ao opinar que o futuro presidente deverá encaminhar no começo do mandato uma proposta de emenda constitucional (PEC) para rever a PEC. A LDO aprovada e sancionada estabelece que "o chefe do Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional plano de revisão de despesas e receitas, inclusive de incentivos ou benefícios de natureza financeira, tributária ou creditícia, para o período de 2019 a 2022, acompanhado das correspondentes proposições legislativas e das estimativas dos respectivos impactos financeiros anuais" (artigo 21, parágrafo 3º). O presidente Michel Temer vetou o inciso que determinava que o seu sucessor deveria apresentar o plano até 31 de março do próximo ano. O governo avaliou que, além de impor condições ao presidente eleito, a fixação de prazos de apresentação, assim como a predefinição do conteúdo das propostas do Executivo, "interferem na separação de poderes".
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