Não existe milagre na intervenção, diz comandante do Exército
Não existem milagre nem mágicas no combate à criminalidade no estado do Rio, que luta há décadas contra a violência. A avaliação é do general do Exército Antônio Barros, à frente do Comando Conjunto de operações da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Ele falou com a imprensa nesta quinta-feira (30), após visita do presidente Michel Temer ao interventor, general Braga Netto.
Ele destacou que os índices de violência, de uma forma geral, vêm caindo. Mas ressaltou que os confrontos que têm ocorrido, inclusive com a morte de três militares recentemente, são inevitáveis, por conta da agressividade e do forte armamento dos criminosos, principalmente nos complexos do Alemão e da Penha.
"Nós tínhamos bandidos armados, no que é chamado de bonde, com ostensividade, com fuzis, numa agressividade muito grande contra a nossa população. Como nós fazemos, quando você chega em bandidos irracionais buscando o confronto? É muito difícil. E aí, infelizmente, nós temos brasileiros, ainda que sejam perturbadores da ordem pública, que são alvejados. No Alemão, tivemos três mortos entre os soldados nossos. Foram mais de seis horas de fricção. Quantos civis inocentes morreram? Nenhum. Foram mais de 4 mil disparos", relatou.
Segundo o general, os problemas de criminalidade e violência no estado vêm de décadas e não podem ser resolvidos em um passe de mágica.
"Quando você vem com um problema de décadas, não vão ser três meses, de uma maneira mágica, que se resolvem os problemas. Os índices estão caindo. É claro que o Rio de Janeiro está em uma situação de anormalidade. É por isso que estamos aqui. E não é de uma hora para outra que os tiroteios irão parar", reconheceu o oficial.
Percepção da violência
Barros salientou que muitas vezes apenas as notícias ruins aparecem na imprensa e ações positivas não têm o mesmo destaque na mídia, causando uma percepção de violência distorcida junto à população.
"Nós temos diversos índices que estão caindo. Está no patamar que nós gostaríamos? Claro que não. O que gostaríamos é que não houvesse uma vítima, um disparo. Estamos trabalhando para isso. Os problemas estão sendo abordados e resolvidos dentro de princípios concretos. Nós recuperamos [desde o início da intervenção] cerca de 400 veículos e retiramos mais de mil barreiras [do tráfico]", exemplificou o general.
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