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Minas e Energia avaliou como "espetacular" leilão do pré-sal

31/08/2018 16h31

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Felix, classificou como "espetacular" o resultado do leilão de hoje (31) em que foi vendida a produção futura de três campos do pré-sal na Bacia de Santos. A produção de duas das áreas foi arrematada pela Petrobras, que adquiriu o petróleo que será extraído de Mero e Sapinhoá por três anos, sem ágio, mantendo o preço de referência. A produção de Lula só conseguiu atrair o interesse para um contrato mais curto, de 12 meses. A francesa Total E&P ofereceu R$ 1 por metro cúbico além do valor de referência. Mero e Sapinhoá têm a previsão de produzir, respectivamente, 10,6 milhões e 600 mil barris por 36 meses. Devem sair de Lula 1,1 milhão de barris em um ano. Márcio Felix disse que é interessante vender pelo preço de referência porque o petróleo deve ter o preço ajustado quando for levado para o mercado internacional. Ele lembrou que a equação do valor de referência leva em consideração essa possível valorização. "A gente está em um cenário de crescimento de preços de petróleo. Esses óleos são valorados ao longo do tempo em questão do seu rendimento nas refinarias. Óleos novos no mercado mundial estão no período de ver em quais refinarias do mundo eles têm o melhor rendimento. Aí, eles podem se tornar mais valorizados", explicou. Para o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, as propostas refletiram a capacidade de cada grupo. "Foi de acordo com a realidade econômica de cada grupo. Para isso, eles fazem análises de risco extremamente criteriosas, tanto a Petrobras, quanto os concorrentes", disse. Além da Petrobras e a E&P, estavam habilitadas para o leilão a Shell e a Repsol. O ministro também comemorou o resultado. "Esse foi um passo importante e inovador, pelas mudanças que se conseguiu fazer desde o início, desde que se regulamentou a legalidade dos procedimentos com o pré-sal", destacou. O presidente da Pré Sal Petróleo, Ibsen Flores, acredita que o interesse menor pelo campo de Lula pode estar ligado a complicações de operação na área. "Lula tem uma dificuldade logística maior. São sete plataformas e serão oito em um futuro bem próximo. Então, a dificuldade logística é maior. Isso pode ser um dos motivos do não interesse pela aquisição pelos três anos", disse. A Pré Sal é uma empresa pública criada em 2013 e vinculada ao Ministério de Minas e Energia para fazer a gestão dos contratos de partilha da produção e de comercialização dos campos do pré-sal.