Dívida pública sobe 0,98% e atinge R$ 3,785 trilhões em agosto
A Dívida Pública Federal (DPF), que inclui o endividamento interno e externo do Brasil, teve aumento de 0,98% e passou de R$ 3,748 trilhões em julho para R$ 3,785 trilhões em agosto, segundo dados divulgados hoje (24), em Brasília, pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda. O crescimento da dívida, segundo o Tesouro, ocorreu por conta da apropriação positiva de juros, no valor de R$ 42,71 bilhões, descontado parcialmente pelo resgate líquido de títulos, que somam R$ 5,88 bilhões.causado pelas crises da Argentina e Turquia, quanto no mercado doméstico, por causa do cenário eleitoral. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) - em circulação no mercado nacional, que é a parte da dívida pública que pode ser paga em reais - teve o estoque ampliado em 0,65%, ao passar de R$ 3,607 trilhões para R$ 3,630 trilhões, devido a apropriação positiva de juros, no valor de R$ 28,92 bilhões, compensada, em parte, pelo resgate líquido de R$ 5,56 bilhões. A apropriação de juros representa o reconhecimento gradual das taxas que corrigem os juros da dívida pública. As taxas são incorporadas mês a mês ao estoque da dívida, conforme o indexador de cada papel. O estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), captada do mercado internacional, também teve aumento de 9,53% sobre o estoque apurado em julho, encerrando agosto em R$ 154,75 bilhões (US$ 37,42 bilhões), sendo R$ 140,29 bilhões (US$ 33,93 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 14,46 bilhões (US$ 3,50 bilhões), à dívida contratual. A DPF já alcançou as previsões do Tesouro. De acordo com o Plano Anual de Financiamento, divulgado no fim de janeiro, a tendência é que o estoque da DPF encerre o ano entre R$ 3,780 trilhões e R$ 3,980 trilhões. Ainda segundo Vital, este ano o colchão da dívida pública (reserva de recursos financeiros) pode permitir ao Tesouro fazer uma rolagem da dívida (renovação dos títulos em vencimento) um pouco inferior a 100%. Em 2017, o percentual de rolagem foi de 120%.
Por meio da dívida pública, o governo pega recursos emprestados dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio. Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Luis Felipe Vital, as operações do mês de agosto foram marcadas pela volatilidade, tanto no cenário externo em relação aos emergentes,
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