O governo da Argentina fechou hoje (26) o segundo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em três meses. Os detalhes foram negociados pela diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, e o ministro da Economia argentino, Nicolás Dujovne, e o novo presidente do Banco Central, Guido Sandlers. A previsão é receber um novo empréstimo no valor de US$ 7,1 bilhões do FMI, que vão se somar aos repasses anteriores que totalizam US$ 50 bilhões. O acordo foi anunciado em Nova York, por Dujovne e Christine Lagarde.
Suficiente
Segundo o ministro Dujovne, esse empréstimo é suficiente para cobrir as obrigações do país em dois anos. O dinheiro será desembolsado automaticamente, na medida em que o governo argentino cumprir as metas, como zerar o déficit no ano que vem. A expectativa, segundo analistas econômicos, é grande porque a Argentina está numa situação delicada: tem uma inflação que este ano deve chegar a 45%, se o dólar não continuar subindo. Só este ano, a moeda argentina perdeu metade do seu valor.
Histórico
Em junho, a Argentina recorreu ao FMI, pela primeira vez em 13 anos, sob o argumento que precisa de dinheiro para frear a disparada do dólar. O fundo emprestou US$ 50 bilhões. Os recursos, conforme negociação, seriam liberados em etapas até 2022. Em contrapartida, o governo argentino se responsabilizaria em equilibrar suas contas e não gastar mais do que arrecada. Porém, no mês passado, a Argentina sofreu outra crise cambial e teve de pedir ao FMI para rever o acordo e antecipar os desembolsos. Em troca, prometeu fazer um ajuste interno ainda maior e zerar o déficit fiscal em 2019 - ano eleitoral. Em meio às negociações, o então presidente do Banco Central, Luis Caputo, renunciou ontem (25). Ele ficou três meses no cargo. O sucessor dele, Guido Sandlers, assumiu a responsabilidade de anunciar os detalhes deste segundo acordo com o FMI.
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