Após delação, operador financeiro de Sérgio Cabral deixa presídio no Rio
18/11/2018 14h25
Apontado como operador financeiro do esquema de corrupção que, segundo o MPF (Ministério Público Federal), era chefiado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB), Carlos Miranda deixou neste domingo (18) a cadeia de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro.
De acordo com a Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária), ele deixou o presídio por volta do meio-dia e passa a cumprir pena em regime domiciliar fechado.
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A soltura de Miranda foi determinada pela VEP (Vara de Execuções Penais) do Rio e da 7ª Vara Federal do estado, depois de firmar acordo de delação premiada homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Carlos Miranda foi preso há dois anos, no âmbito da Operação Calicute. O acordo de delação prevê que Miranda fique preso dois anos em regime domiciliar fechado, um ano e meio em regime domiciliar semiaberto e mais um ano e meio em regime domiciliar aberto. Ele terá que usar tornozeleira eletrônica.
A expectativa da defesa era de que Miranda deixasse a prisão na última sexta-feira (16), mas a direção do presídio recusou-se a soltá-lo porque a decisão da VEP não fora instruída "adequadamente".
Depois de correção do mandado de soltura, uma nova tentativa de liberação foi feita na noite deste sábado (17), mas, segundo a defesa, a administração do presídio novamente recusou-se a soltá-lo devido ao horário avançado.