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Quatro ministros de Bolsonaro têm passagens pelo governo Temer

Luciana Amaral/UOL
Imagem: Luciana Amaral/UOL

28/11/2018 18h06

Já são quatro os ocupantes e ex-ocupantes de cargos de comando no governo Michel Temer escolhidos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para serem ministros. 

O último a ser indicado nesta quarta-feira (28) para continuar à frente dos programas sociais que comandou nos últimos dois anos foi Osmar Terra. Ele se afastou do Ministério do Desenvolvimento Social em abril para disputar o cargo de deputado federal.

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Depois de indicar Osmar Terra para o futuro Ministério da Cidadania, Bolsonaro afirmou que conheceu uma ferramenta de gestão que mostra se há indícios de irregularidades nos benefícios pagos pelo governo. "Vi gente com renda alta que recebe o Bolsa Família. Com essa ferramenta, nós vamos fazer um grande pente-fino nos projetos sociais. Vamos manter os programas, mas com saúde [financeira]", disse.

Em sua gestão, Terra cortou 4,4 milhões de famílias do Bolsa Família e o INSS cancelou 85 mil auxílios-doença. À época, o ministro justificou que o "pente-fino" era uma medida para analisar se pessoas que não se enquadravam mais nos critérios dos programas sociais continuavam sendo beneficiadas pelo governo. Quando deixou o governo Temer, Terra disse que sua gestão ficaria marcada pela "eficiência econômica" e que as revisões em benefícios sociais renderam economia de R$ 7 bilhões aos cofres públicos.

O ministério de Osmar Terra será ampliado: além de continuar responsável por programas como o Bolsa Família, responderá pelas atribuições dos ministérios do Esporte, da Cultura, somado à Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad), vinculada atualmente ao Ministério da Justiça.

Novo governo terá mais três servidores da gestão Temer

Nesta quarta-feira, Bolsonaro também anunciou o atual secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto, para o novo Ministério do Desenvolvimento Regional, pasta que reunirá Integração e Cidades.

O servidor de carreira e ex-capitão do Exército, Wagner de Campos Rosário, já havia sido selecionado para continuar no cargo de ministro da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), cargo que ocupa desde maio de 2017.

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz foi escolhido esta semana para o comando da Secretaria de Governo. O órgão tem status de ministério. Ele já exerceu a função de secretário nacional de Segurança Pública, no Ministério da Justiça, durante o governo Temer, entre abril do ano passado e junho deste ano. Agora, a principal missão de Cruz será manter o diálogo com o Congresso Nacional e com partidos políticos, bem como com estados e municípios.