Jungmann diz que segurança melhorou em Roraima após intervenção
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje (29) que resultados da intervenção negociada na segurança pública em Roraima já estão sendo sentidos também fora da prisão. "Boa vista vinha assistindo a um crime violento por dia. Desde a intervenção, esses crimes foram cessados. Não vou dizer que está solucionada a crise de segurança, longe disso, mas de fato temos um efeito importantíssimo que é poupar vidas.", disse. Jungmann detalhou em entrevista coletiva a atuação da Polícia Federal (PF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) no âmbito da Operação Élpis, que permitiu a retomada do controle pelas forças de segurança da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima, que estava sob o domínio da facção criminosa Primeiro Comando da Capital. O ministro explicou que o contexto político não era favorável e não havia tempo hábil para uma intervenção federal na segurança pública de Roraima, por causa da gravidade do quadro. Segundo ele, a saída foi uma negociação entre o governo federal e o governo estadual para a criação de uma intervenção negociada. "A alternativa da intervenção como está na Constituição é muito complexa, porque teríamos que reunir o Conselho de Defesa Nacional, como foi feito no caso do Rio de Janeiro, e em seguida teria um prazo curto de 48 horas para que o Congresso Nacional aprovasse a medida, o que requereria uma engenharia institucional que é extremamente complexa no final do governo. Dada a emergência que nós tínhamos nessa situação foi feita uma negociação para permitir uma "intervenção branca", acordada com o governo do estado, que permitiu que na última segunda-feira nós tivéssemos essa intervenção.", explicou Raul Jungmann. O acordo entre os governos foi firmado para durar até dia 31 de dezembro, mas segundo o Depen, as reformas necessárias para garantir a segurança da Penitenciária não serão concluídas até esse prazo. A estimativa é que o apoio federal deve durar pelo menos mais 90 dias, e ainda precisa ser negociado com o novo governo. O pedido de intervenção foi feito no dia 7 de novembro e o acordo foi firmado no dia 13 de novembro entre a União e o Estado de Roraima. "A administração do sistema prisional passou a ficar a cargo do Depen e o sistema socioeducativo ficou a cargo do Ministério dos Direitos Humanos.
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