Reunião de emergência, em Bogotá, discute crise na Venezuela
O presidente da Colômbia, Iván Duque, coordena amanhã (25), em Bogotá, com representantes dos 14 países do Grupo de Lima e o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, reunião para discutir o acirramento da crise na Venezuela. O governo norte-americano estuda anunciar novas sanções contra o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
No que depender dos Estados Unidos, a tendência é de apresentar recomendações para a imposição de novas sanções à Venezuela como forma de isolar Maduro e levá-lo a abrir mão do poder. "O povo da Venezuela é a favor da liberdade e da democracia, e os EUA estão ao seu lado", afirmou Pence, na sua conta pessoal no Twitter.
Na reunião, em Bogotá, o Brasil será representado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. O chanceler esteve nos últimos dias em Pacaraima (RR) e na fronteira da Colômbia. Em nota, o governo brasileiro repudiou os atos de violência tanto nas áreas próximas ao Brasil como colombiana.
Araújo se reuniu com Juan Guaidó e os presidentes da Colômbia, Iván Duque, do Chile, Sebastián Piñera, e do Paraguai, Mario Abdo, na fronteira com a Venezuela. Eles acompanharam a organização da ajuda humanitária internacional para a população venezuelana.
Apoio
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou de um evento público em que defendeu a legitimidade do governo interino de Juan Guaidó e criticou a gestão de Maduro. Também mencionou a grave crise humanitária o esforço internacional para buscar conter as dificuldades da população venezuelana.
O embaixador John Bolton, assessor internacional da Casa Branca, foi designado a acompanhar de perto os desdobramentos da situação na Venezuela, segundo o porta-voz Garrett Marquis.
Na sua conta pessoal no Twitter, Bolton indicou a inclinação dos Estados Unidos em aprovar mais sanções contra a Venezuela para pressionar Maduro a deixar o governo. "Os militares da Venezuela têm uma escolha: abraçar a democracia, proteger os civis e permitir ajuda humanitária ou enfrentar ainda mais sanções e isolamento", disse Bolton.
Ontem (23) carregamentos de ajuda humanitária dos Estados Unidos, Brasil e vários países conseguiram chegar ao território venezuelano, conforme o chanceler brasileiro.
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