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Governo estuda permissão de mineração em áreas restritas

Guerreiro observa buraco aberto pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Munduruku, sudoeste do PA - Fabiano Maisonnave/Folhapress
Guerreiro observa buraco aberto pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Munduruku, sudoeste do PA Imagem: Fabiano Maisonnave/Folhapress

05/03/2019 10h55Atualizada em 05/03/2019 21h27

O ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o governo estuda a permissão da atividade de mineração em áreas restritas, como as terras indígenas e em zonas de fronteira. O anúncio foi feito na segunda-feira (4), durante um evento com empresários da indústria de mineração, no Canadá.

"Esse processo será conduzido em consulta próxima com todos os atores relevantes, tais como as populações indígenas, a sociedade organizada, as agências ambientais e, principalmente, o Congresso Nacional", disse o ministro.

De acordo com o ministro, o governo também vai abrir a atividade de pesquisa relacionada a minerais nucleares a empresas privadas. Atualmente, a atividade de pesquisa, exploração e produção de urânio é restrita à estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil).

"Pretendemos ainda estudar e avaliar a alteração do arcabouço legal do setor nuclear, com vistas à flexibilização da pesquisa e da lavra de minérios nucleares, bem como a criação de condições para que o investimento privado possa desenvolver o setor", afirmou Albuquerque.

O ministro disse ainda que o governo vai colocar em leilão diversas áreas pertencentes ao CPRM (Serviço Geológico Brasileiro). Segundo Albuquerque, o primeiro deles será leiloado ainda em 2019. O projeto, já incluído no PPI (Programa de Parceria de Investimentos), é voltado para a extração de cobre, chumbo e zinco, na área de Palmeirópolis (TO).

"Os leilões vão obedecer a uma sistemática mais célere, objetiva e transparente", disse.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informou a matéria, Palmeirópolis fica no Tocantins. A informação foi corrigida.