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Assembleia de Minas instala CPI para apurar tragédia de Brumadinho

19/03/2019 21h57

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) instalou hoje (19) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as causas do rompimento, no dia 25 de janeiro, da barragem de rejeitos da mineradora Vale, em Brumadinho.  Na primeira reunião, a CPI aprovou a convocação do presidente afastado da Vale, Fábio Schvartsman, de diretores e funcionários da mineradora, bem como de funcionários de empresas terceirizadas.

Após a eleição do comando da CPI, foram aprovados requerimentos que vão nortear a investigação. Entre eles estão: pedido à Vale dos relatórios de avaliações de segurança da barragem referentes aos últimos cinco anos e criação de um disque denúncia para receber informações que ajudem nas apurações.

A comissão tem o prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, prorrogáveis por mais 60 dias. Segundo o deputado André Quintão (PT), relator da CPI, além de apurar as causas e os responsáveis pela tragédia, a comissão deverá definir as ações de reparação e propor aperfeiçoamentos da legislação.

Presidente afastado da Vale - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Reuniões

O presidente da CPI, deputado Gustavo Valadares (PSDB), disse que, além de ouvir os investigados, a comissão vai convidar os integrantes da força tarefa que apura as responsabilidades pela tragédia de Brumadinho. Vai solicitar ainda documentos coletados pelos órgãos envolvidos na investigação. Os últimos dados da Defesa Civil contabilizam 206 mortos e 102 desaparecidos no desastre.

 "Agora é hora de otimizarmos o tempo, porque o prazo para resultado prático da CPI é curto, são seis meses de trabalho, para um assunto que é complexo, mas tenho certeza de que chegaremos a um bom termo e conseguir responder a expectativa da população do estado", afirmou.

A CPI se reunirá às quintas-feiras, com possibilidade de realizar sessões também às segundas-feiras. "Pode ser que tenhamos mais de duas semanais. Isso vai ter que ser analisado ao longo das reuniões de trabalho", disse.

*Com informações de Cristina Indio do Brasil, repórter da Agência Brasil