Justiça libera retomada de maior mina em Minas Gerais, diz Vale
A mineradora Vale anunciou que obteve decisão judicial favorável à retomada das atividades da barragem Laranjeiras e, consequentemente, da Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG).
As operações estavam interrompidas desde o início de fevereiro, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) atendeu um pedido do Ministério Público do estado (MPMG).
Na ocasião, foram suspensas as atividades de oito barragens da Vale. O TJMG considerou a medida necessária para evitar tragédias semelhantes a que ocorreu no dia 25 de janeiro em Brumadinho (MG). O processo tramita em segredo de Justiça.
Segundo a Vale, apenas a barragem Laranjeiras e a Mina de Brucutu foram liberadas na decisão, anunciada ontem (19) à noite. As outras sete estruturas embargadas a pedido do MPMG permanecem com as operações interrompidas. Uma delas, Menezes II, integra a Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, a mesma onde ficava a barragem que se rompeu.
Empreendimento
A Mina de Brucutu é a maior da Vale em Minas Gerais. Inaugurada em 2006, foi anunciada na época como sendo a maior do mundo em capacidade inicial de produção. Em 2016, a mineradora noticiou em seu site que ela ocupava a segunda posição do país em produção, sendo superada apenas pela Mina de Carajás, localizada no estado do Pará.
A implantação do empreendimento mineiro custou US$ 1,1 bilhão e chegou a ter 6 mil trabalhadores durante o pico das obras. Quando as operações foram suspensas, a Vale afirmou não ver justificativa técnica para a decisão e divulgou avaliação segundo a qual a paralisação da barragem Laranjeiras por um ano poderia causar um impacto de aproximadamente 30 milhões de toneladas de minério de ferro.
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), a quem compete autorizar a retomada das operações, informou hoje (20) à Agência Brasil que ainda não foi notificada pela Justiça. "Para decidir sobre o retorno ou não das atividades na Mina de Brucutu, é preciso avaliar o teor da decisão judicial", disse o órgão em nota.
A Vale ainda não possui previsão para reiniciar as atividades: "As operações de Brucutu permanecem paralisadas aguardando os desdobramentos da referida decisão no âmbito da Semad".
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