Topo

Madrugada começa dourada para o Brasil no Mundial de Dubai

14/11/2019 12h20

O Brasil abriu o penúltimo dia do Mundial de Atletismo Paralímpico, em Dubai (Emirados Árabes Unidos), com dois ouros e dois recordes mundiais, em classes específicas para atletas cadeirantes em decorrência de sequelas de poliomielite, lesões medulares ou amputações.  A primeira a assegurar o degrau mais alto do pódio foi a paulista Elizabeth Gomes no lançamento de disco classe F53. Na sequência, o paraibano Cícero Valdiran arrematou o ouro no lançamento de dardo classe F57. Ambos quebraram os recordes mundiais das suas respectivas modalidades.  Ainda na madrugada desta quinta-feira (14), a alagoana Marivana Nóbrega faturou o bronze no arremesso de peso classe F35 (sequelas em decorrência de paralisia cerebral).

A disputa feminina do lançamento de disco foi a mais acirrada: agrupou competidoras de três classes (F51, F52, F53, destinadas a cadeirantes) e todas elas bateram recordes. O recorde mundial da classe F52 foi quebrado pela brasileira Beth Gomes que foi ouro ao cravar o 16m89cm de distância. A prata ficou com a ucraniana Iana Lebiedieva (classe F53), com a marca de 16m26cm, e o bronze com outra ucraniana, Zoia Ovsii (classe F51), cujo lançamento atingiu uma distância de 13m52cm.

A prova de lançamento de lançamento de dardo classe F57 foi ainda mais emocionante. Foram ao todo 12 participantes, e Cícero Valdiran foi o 11º a fazer o lançamento. O adversário direto do brasileiro era o iraniano Amanolah Papi, que detinha o recorde mundial, até então de 48m60cm. Logo na segunda tentativa, o brasileiro alcançou a marca de 48cm59. Foi na quinto lançamento que Cícero Valdiran ultrapassou o iraniano: bateu o recorde com a distância de 49m26cm e assegurou o ouro para o Brasil. A prata ficou com o iraniano Amanolah Papi (47m80cm) e o bronze com o sírio Mohamad Mohamad (46m01cm).

A alagoana Marivana Nóbrega arrematou a terceira medalha desta madrugada. Ela foi bronze no arremesso de peso classe F35, com a marca de 9m44cm. A vencedora foi a ucraniana Mariia Pomazan (12m94cm) e a prata ficou com a chinesa Jun Wang (10m94cm).

O Brasil é vice-lider no quadro de medalhas do Mundial com 36 pódios (14 ouros, oito pratas e 14  bronzes). A China ocupa a primeira posição com 52 medalhas (23 ouros, 20 pratas e nove bronzes).