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Terreno de prédio que desabou em São Paulo terá moradia popular

7.mai.2018 - Bombeiros realizam trabalhos de busca por possíveis vítimas do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida - Marcelo Gonçalves/Estadão Conteúdo
7.mai.2018 - Bombeiros realizam trabalhos de busca por possíveis vítimas do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida Imagem: Marcelo Gonçalves/Estadão Conteúdo

29/01/2020 12h10

A Prefeitura de São Paulo anunciou hoje a construção de uma unidade de moradias populares no terreno do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou em 2018, após um incêndio. O novo prédio terá 14 andares e 90 apartamentos.

O terreno pertence ao governo federal, e após negociações, ficou estabelecida a transferência da titularidade da área para a esfera municipal. A exigência era que a prefeitura apresentasse à Secretaria do Patrimônio da União (SPU) o projeto executivo da obra. O acordo para a transferência do terreno foi firmado ontem.

As obras do prédio estão previstas para começar em 1º de maio, quando a tragédia completará dois anos. Sete pessoas morreram no desabamento.

De acordo com a prefeitura, como a área do terreno é tombada, o projeto deverá seguir a lei de zoneamento e o plano diretor da cidade. Para a viabilização do empreendimento, serão utilizados recursos do programa Pode Entrar.

A edificação original contava com 24 andares e abrigava, pelo menos, 291 famílias. Situada no Largo do Paiçandu, foi inaugurada em 1968 e chegou a ser sede da Polícia Federal, mas estava abandonada há 15 anos, quando foi ocupada.

Embora o prédio fosse de alvenaria, o espaço interior era dividido com paredes de compensado de madeira. A precariedade das condições de vida no local também podia ser constatada pelo sistema de fornecimento de água e energia elétrica, instalados de forma irregular e pagos pelos moradores a pessoas designadas como coordenadores do local.