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PF faz operação contra hackers que atacaram instituições e vazaram dados

Polícia Federal cumpriu mandados no Rio Grande do Sul e Ceará - Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal cumpriu mandados no Rio Grande do Sul e Ceará Imagem: Divulgação/Polícia Federal

26/06/2020 09h11

Com o objetivo de combater um organização criminosa hacker, especializada no ataque cibernético a sistemas informatizados de órgãos públicos para acesso indevido de dados privados de servidores e autoridades públicas, a PF (Polícia Federal) deflagrou hoje a operação "Capture The Flag" (capture a bandeira, em português).

A ação ocorreu nos estados do Rio Grande do Sul e Ceará e conta com a participação de 20 policiais federais, que dão cumprimento a três mandados judiciais de busca e apreensão.

Segundo as investigações, integrantes do grupo investigado obtiveram e expuseram de forma ilícita dados pessoais de mais de 200 mil servidores e autoridades públicas, com o objetivo de intimidar e constranger tanto as instituições quanto as vítimas que tiveram seus dados e intimidade expostos.

A organização teria invadido sistemas de universidades federais, prefeituras e câmaras de vereadores municipais nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, de um governo estadual e diversos outros órgãos públicos. Somente no Rio Grande do Sul, foram mais de 90 instituições invadidas pelos hackers.

A Polícia Federal afirma ainda que há indícios da prática de outros crimes cibernéticos por parte da organização criminosa, como compras fraudulentas pela internet e fraudes bancárias. A investigação se concentra na apuração dos crimes de invasão de dispositivo informático, corrupção de menores, estelionato e organização criminosa.

O nome da operação — Capture The Flag — foi inspirado nas competições na área de pentest (testes de invasão), onde os participantes precisam encontrar vulnerabilidades em sistemas e redes de comunicação. As vulnerabilidades são as bandeiras que os participantes precisam capturar.