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Operação da PF combate desmatamento ilegal na Floresta Amazônica

PF cumpre 3 mandados de busca e apreensão; dono de madeireira é suspeito de desmatar uma área de quase 5 mil hectares - Divulgação/Expedição Jari-Paru 2019.
PF cumpre 3 mandados de busca e apreensão; dono de madeireira é suspeito de desmatar uma área de quase 5 mil hectares Imagem: Divulgação/Expedição Jari-Paru 2019.

27/01/2021 09h48

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (27) uma operação para combater o desmatamento ilegal de floresta amazônica.

Policiais cumprem três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Roraima, em Rorainópolis (RR). Os mandados foram expedidos após manifestação favorável do Ministério Público Federal. Também foi solicitado o sequestro de R$ 80, 2 mil, em bens e valores.

O inquérito policial, instaurado em 2017, indica que o dono de uma madeireira teria sido responsável pelo desmatamento em uma área de quase 5 mil hectares. A perícia da Polícia Federal calculou a exploração de mais de 215 mil metros cúbicos (m³) de madeira, o suficiente para carregar mais de 7 mil caminhões. O valor das toras extraídas ilegalmente totaliza mais de R$ 80 milhões.

As investigações identificaram diversas fraudes na documentação para regularizar a retirada das árvores. A PF realizou 15 abordagens a carregamentos da madeireira investigada, das quais 14 apresentavam fraudes na documentação. A mais comum das fraudes consistia em adquirir permissão para transporte de madeiras "legais", de baixo valor econômico, mas de fato transportar madeiras nobres e proibidas, como a massaranduba.

Os dois principais suspeitos de comandarem o desmatamento são investigados pelos crimes de desmatamento ilegal, furto, falsidade ideológica e lavagem de bens e capitais, cujas penas podem ultrapassar 23 anos de prisão, além de multa.

A operação foi batizada de Okê Arô, que é uma saudação a Oxóssi, orixá caçador que se manifesta na fauna e na flora.