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Líder deposta de Mianmar é condenada a mais quatro anos de prisão

12.nov.2018 - Aung San Suu Kyi, conselheira de estado de Mianmar, foi deposta em razão de um golpe de Estado, em fevereiro de 2021 - Ore Huiying / Getty Images
12.nov.2018 - Aung San Suu Kyi, conselheira de estado de Mianmar, foi deposta em razão de um golpe de Estado, em fevereiro de 2021 Imagem: Ore Huiying / Getty Images

10/01/2022 07h32

A líder deposta no golpe de Estado promovido pelos militares em Mianmar, Aung San Suu Kyi, foi condenada hoje a mais quatro anos de prisão, em julgamento que poderá resultar em décadas de reclusão.

A ex-líder de Mianmar (antiga Birmânia), de 76 anos, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991, está em prisão domiciliar desde o golpe militar de 1º de fevereiro de 2021. Entre outras coisas, ela foi considerada culpada pela importação ilegal de walkie-talkies.

Aung San Suu Kyi tinha sido condenada em dezembro a quatro anos de detenção por violação das restrições para conter a covid-19, pena reduzida depois para dois anos pelos generais no poder. Ela cumpre a primeira pena, incomunicável, há quase um ano.

Um porta-voz da junta militar, major-general Zaw Min Tun, disse que Suu Kyi permaneceria em prisão domiciliar enquanto fosse julgada.

A nova condenação "corre o risco de irritar ainda mais o povo birmanês", disse Manny Maung, da organização não governamental Human Rights Watch.

"Os militares estão usando essa tática de medo para mantê-la arbitrariamente detida e fora da arena política, acrescentou.

*Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal