25 de Março tem o m² mais caro que a Oscar Freire
Em São Paulo
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Leandro Martins/Futura Press
Consumidores lotam a rua 25 de Março, tradicional endereço do comércio popular no centro paulistano
Manter um negócio na rua comercial mais popular de São Paulo está cada vez mais caro. Nos últimos quatro anos, o valor venal máximo do metro quadrado de um terreno localizado na 25 de Março passou de R$ 5.292 para R$ 12 mil, de acordo com a Planta Genérica de Valores (PGV) proposta pela Prefeitura. Mais caro que o da luxuosa Rua Oscar Freire, nos Jardins, onde o valor chega a R$ 8.396 - em 2009, esse patamar era de R$ 3.547.
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- http://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/10/01/o-prefeito-de-sao-paulo-fernando-haddad-pt-anunciou-que-o-iptu-pago-por-donos-de-imoveis-da-capital-paulista-ficara-mais-caro-em-2014-qual-sua-opiniao-sobre-o-reajuste.js
Alugar uma loja na 25 de Março requer um investimento mínimo de R$ 35 mil por mês, segundo a associação de lojistas. Já o ponto chega a valer R$ 1 milhão.
Elaborada pela gestão de Fernando Haddad (PT) para servir como base do reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) a partir de 2014, a atualização da PGV indica ainda que os preços por metro quadrado praticados em outros dois endereços de comércio já passam de R$ 10 mil. É o caso da Rua Santa Ifigênia, também no centro, e da Alameda Gabriel Monteiro da Silva, nos Jardins, zona sul. Especializada em artigos de decoração, a alameda é uma das mais valorizadas da capital, alcançando R$ 10.934 por metro quadrado.
Os preços registrados na Rua José Paulino, que também vende roupas, mas de apelo popular, são semelhantes. Segundo a Prefeitura, um comerciante interessado em abrir uma loja na via paga, no mínimo, R$ 6.853 e, no máximo, R$ 8.450.
As diferenças registradas na mesma rua são explicadas pela altura em que se localiza o terreno. A proximidade com a esquina, com uma estação de metrô, um mercado ou até uma área degradada definem o preço.
Mas, segundo especialistas, o valor venal de um metro quadrado é pelo menos 30% inferior ao praticado pelo mercado. A defasagem entre as duas realidades justifica o reajuste do imposto almejado pela Prefeitura em 2014 - o projeto de lei que prevê aumento de até 45% no caso de imóveis comerciais terá de ser aprovado na Câmara Municipal. Se receber o aval dos vereadores, a arrecadação pode crescer 24%. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".