Mãe de Joaquim teme ser hostilizada ao deixar presídio
Natália Ponte, mãe do menino Joaquim Marques Ponte, encontrado morto em rio em novembro, estaria com medo de deixar a cadeia e ser hostilizada nas ruas. Ela deve ser solta a qualquer momento e provavelmente será levada para a casa de familiares em São Joaquim da Barra, cidade a 70 quilômetros de Ribeirão Preto, São Paulo, onde residia com Joaquim, outro filho de 4 meses e o companheiro Guilherme Longo, principal suspeito, que continua preso.
Até por volta de 12h30, Natália seguia na Cadeia Feminina de Franca, onde está detida, porque o habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo ainda não havia chegado. Imprensa e populares aguardavam do laudo de fora para ver a mãe de Joaquim, que foi morto aos 3 anos no mês passado em meio a muito mistério.
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que responde pelo caso, diz que o inquérito está caminhando para o fim e Guilherme Longo deve ser indiciado. Já com relação a Natália, ainda será analisado se cabe ou não o indiciamento. Por isso mesmo, não deverá ser impetrado recurso para que ela siga na cadeia.
Sobre o receio da mãe de Joaquim ao sair nas ruas, o delegado diz que o risco sempre existe. Mas, a partir do momento em que estiver fora da cadeia, cabe à família tomar os cuidados necessários para garantir a sua segurança, afirmou ele.
Defesa
Natália está presa há mais de um mês na Cadeia Pública de Franca sob a suspeita de envolvimento na morte do filho ocorrida em Ribeirão Preto no dia 5 de novembro. Ela será solta porque a Justiça considerou, na terça-feira, 10, o fato de não possuir antecedentes criminais e de precisar cuidar do filho de quatro meses.
O advogado Francisco Ângelo Carbone Sobrinho, que conseguiu a liberdade de Natália, não é o seu defensor e nem a conhece. Morador em São Paulo, diz ter se sensibilizado com a situação da psicóloga e resolvido pedir sua liberdade. "A gente viu que essa mãe estava em desespero e que já ajudou muito a Justiça."
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