Topo

'Marcha da maconha' mobiliza 700 pessoas na avenida Paulista (SP)

Manifestantes levaram cigarros de maconha gigantes para o ato - Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo
Manifestantes levaram cigarros de maconha gigantes para o ato Imagem: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

23/05/2015 16h37

Cerca de 700 pessoas, na estimativa da Polícia Militar, concentram-se no vão livre do Masp, na avenida Paulista, na tarde deste sábado (23) para a "Marcha da Maconha 2015", prevista para sair às 16h20 em direção ao largo São Francisco, na região central.

Os participantes pintam faixas e cartazes para pedir a legalização da cannabis. Cigarros de maconha gigantes estão a postos para o momento de saída da Marcha. Muitos fumam maconha no local. Um grupo grita "legaliza" ao som de batucada.

Os organizadores do evento informaram que "desconvidaram" a PM, que mesmo assim acompanha o ato na entrada do parque Trianon.

Segundo o tenente Markus Castro, comandante da operação, 21 policiais vão acompanhar a Marcha em 18 motos e uma viatura. Mais seis viaturas estão posicionadas próximas ao parque Trianon.

Além dos policiais, uma equipe da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) acompanha o grupo. A Marcha vai descer a rua Augusta e a rua da Consolação para em seguida atravessar o viaduto do Chá até chegar ao largo São Francisco.

Questionado sobre o que foi acertado com os participantes do ato em relação ao consumo de maconha, o tenente Markus disse que "não tem que fazer acordo porque a lei proíbe".

"Não estamos no Masp fiscalizando o grupo para evitar provocações. Como está pacífico, não tem necessidade de ficar no meio. Queremos paz e amor", disse o oficial.

É a primeira vez da artista performática Julia Zumbano, 39, na Marcha da Maconha. Ela disse que levou o filho de cinco anos para participar por acreditar que o consumo da maconha deve ser encarado com naturalidade e sem hipocrisia.

"Trouxe meu filho para mostrar à sociedade que existem crianças que convivem com o uso medicinal e recreativo. É normal fumar. Maconha sempre existiu, é consumida há quatro mil anos, e sempre vai existir esse que é um vínculo muito grande do ser humano com a natureza", afirmou.