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Morte de médium no Rio é considerada um mistério por companheiros de centro

Reprodução do documento de identidade do médium, que foi encontrado morto no Centro Espírita Lar de Frei Luiz, na zona oeste do Rio - Fábio Gonçalves/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Reprodução do documento de identidade do médium, que foi encontrado morto no Centro Espírita Lar de Frei Luiz, na zona oeste do Rio Imagem: Fábio Gonçalves/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

No Rio

19/06/2015 15h12

O assassinato do médium Gilberto Arruda, 73, é considerado um mistério por seus companheiros do Lar Frei Luiz, principal centro espírita do Rio de Janeiro. Ele foi encontrado amarrado e com sinais de espancamento nesta sexta-feira (19), por volta das 8h, em sua residência dentro do centro espírita, localizado em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. O presidente do centro, Wilson Pinto, disse que não acredita que o crime tenha sido motivado por intolerância religiosa e afirmou que o lar jamais sofreu casos de violência.

"Gilberto era o principal médium da casa e trabalhava fazendo cirurgias espirituais há mais de 60 anos. Ele não tinha problemas com ninguém, era uma pessoa tranquila e dócil", afirmou Pinto, que saiu do Lar ontem, às 21h30, depois de estar com Arruda em uma palestra para dependentes químicos.

O presidente também descartou qualquer problema de Arruda com os participantes da reunião. O médium incorporava desde os seis anos o médico alemão Frederick Von Stein. Ele realizava cerca de 400 cirurgias por mês, sempre às quartas-feiras e domingos.

Era procurado por pessoas famosas --já operou a cantora Elba Ramalho, o tenista Gustavo Kuerten, o ator Carlos Vereza e a apresentadora Xuxa--- e por pessoas de outros Estados e países. "Era uma pessoa do bem. A morte dele é um mistério. Não tinha inimigos, só arranjava amigos. Estamos muito sentidos", contou Paulo Abrantes, 67, assistente do médium. O crime está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.