Alckmin oferece R$ 50 mil por pistas sobre suspeitos de chacina
Em Guarulhos (SP)
17/08/2015 11h35
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (17) que o governo estadual dará uma recompensa de R$ 50 mil para quem tiver novas informações que levem à prisão de suspeitos pela chacina que matou 18 pessoas na última semana em Osasco e Barueri (Grande São Paulo).
As denúncias devem ser feitas pelo site webdenuncia.org.br. O valor é o maior já oferecido por informações sobre suspeitos.
Alckmin afirmou que há 50 policiais focados em esclarecer o caso, mas que as colaborações serão bem-vindas. "Quem tiver informações, não é pelo 181, é pelo Web Denúncia. Total sigilo", disse o governador.
O governador não deu novos detalhes sobre os avanços da operação no fim de semana para, segundo ele, não comprometer as investigações. "Nenhuma hipótese está descartada e nós devemos ter segurança para poder fazer afirmações comprovadas. Então vamos aguardar o trabalho", disse.
Ele informou ainda que o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, tem reunião marcada hoje com toda a equipe da Polícia Civil.
Investigações
Dois policiais militares que trabalhavam diretamente com o cabo Avenilson Pereira de Oliveira devem ser chamados no começo da semana para prestar esclarecimentos à força-tarefa que investiga a maior chacina do ano no país.
Pereira pertencia à Força-Tática do 42º Batalhão da PM de Osasco, que é um grupo treinado para ocorrências mais violentas com bandidos.
Ele foi assassinado, no dia 7, em um posto de gasolina da cidade, quando foi surpreendido por dois ladrões que assaltaram o local. A dupla usou a arma do policial para matá-lo. A principal suspeita das investigações é que PMs, com o objetivo de vingar a morte do colega, seriam os responsáveis pelas mortes em série.
Os suspeitos pela morte do policial foram identificados e estão sendo procurados. Thiago Santos Almeida, 26, e Wagner Rodrigues, 27, tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça e são considerados foragidos.
Outras hipóteses para a chacina são a morte de um guarda municipal ou disputa por pontos de tráfico de drogas. Com os esclarecimentos dos dois colegas de Pereira, a força-tarefa espera conseguir traçar um perfil dele para tentar chegar a uma possível motivação para os crimes.