Ato contra impeachment reúne 17 mil em São Paulo
Em discurso, o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, afirmou que o movimento não está na rua para defender um governo, mas conquistas sociais e a própria democracia. "Eles acharam que iriam desfilar com o golpe pela avenida", disse Boulos. "Nós não queremos incendiar o país, mas também não temos sangue de barata", completou.
Pessoas de outros movimentos sociais se revezavam no microfone do carro de som, principalmente com críticas à reforma da Previdência e ao ajuste fiscal. Alguns manifestantes puxam o grito de "Não vai ter golpe".
A cartunista Laerte Coutinho estava no meio dos manifestantes. "A importância desse movimento é que as pessoas entendam que elas não estão sozinhas. Às vezes, nas redes sociais, quem pensa diferente pode achar que está sozinho. Não, agora, com essa manifestação quem está contra o golpe vai poder encontrar os seus iguais", disse a cartunista.
Desde as 18h, a Rua Faria Lima estava fechada no sentido centro. A marcha saiu por volta das 18h50. Os shoppings Iguatemi e JK foram fechados enquanto a manifestação passava. No Shopping JK foi projetada a imagem do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de vaias. Estavam presentes na manifestação o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e o presidente do PT, Rui Falcão.
O ato terminou por volta das 21h15, sem constatação de violência, em frente à TV Globo, no Brooklin, zona sul da capital. "Hoje a manifestação é aqui fora, mas se o golpe continuar, a próxima será dentro da emissora", anunciou uma das lideranças do MTST.
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