Ato em São Paulo reúne entre 30 mil e 50 mil pessoas, segundo organizadores
Lideranças do MST, CUT, Central dos Movimentos Populares (CMP) e outras entidades disseram que não irão reconhecer o eventual governo Temer e prometeram ir à ruas para protestar contra ele. "Não daremos nem um dia de sossego para Michel Temer, caso ocorra o impeachment, mas acreditamos que isso não vai acontecer", disse à reportagem Gilmar Mauro, um dos coordenadores do MST.
Na mesma linha, o líder da CMT, Raimundo Bomfim, garante que os movimentos sociais rechaçarão um eventual governo de coalizão formado pelo PMDB e partidos da oposição à presidente Dilma. "Se nós já fomos às ruas com criticas à política de ajuste fiscal do governo Dilma, imagine como seria no governo dele. Teríamos mais liberdade para fazer oposição", afirmou o ativista.
Ainda segundo Bomfim, não é possível comparar o movimento de impeachment de Collor em 1992 com o atual pedido de saída de Dilma. "Em 1992 havia unanimidade dos movimentos sociais em torno do impeachment de Collor. Desta vez, o movimento nasce sem legitimidade. Este impeachment é golpe. Dilma não cometeu crime de responsabilidade."
O líder da CMT disse ainda que está confiante que os deputados da base governista conseguirão até meados de abril reunir as assinaturas necessárias para barrar o impedimento.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participou do evento na Sé e a principal liderança petista presente foi o presidente do PT, Rui Falcão. Os organizadores calculam que entre 30 mil e 50 mil pessoas participaram da manifestação. A Polícia Militar, até este momento, não divulgou estimativas.
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