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Após flagrar traição de mulher, taxista morre em troca de tiros com rival

Marido troca tiros com amante da mulher na saída de motel depois de suspeita de traição Imagem: Pedro Teixeira/Agência O Globo

No Rio

13/04/2016 18h34Atualizada em 13/04/2016 22h35

Ex-policial militar, o taxista Jaime Damião Mariano Pavel, 30, morreu ao trocar tiros com Leonardo Cabral de Araújo, 41, agente da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) da Polícia Civil.

Pavel havia descoberto que a mulher, Thaís Santanna, vinha mantendo um caso com Araújo e esperou os dois na saída do motel Sherazzade, no Irajá, na zona norte carioca. Eles discutiram e trocaram tiros. O "duelo" aconteceu na noite desta terça-feira (12).

O taxista foi atingido no tórax, coxa esquerda e mão direita. Araújo ficou ferido na cintura. Eles foram levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte. Pavel morreu ao ser atendido. Araújo foi operado e continua internado. Seu estado de saúde é considerado estável.

Pavel portava a pistola do pai, sargento do Exército. Ele foi reprovado em processo seletivo da Polícia Militar, mas conseguiu ingressar na corporação em dezembro de 2012 graças a uma liminar judicial. Acabou excluído da tropa em maio de 2014, quando a liminar perdeu efeito.

O traído e a mulher casaram-se em novembro do ano passado. O casal já tinha um filho. Na noite de terça, ela saíra de casa para ir à faculdade.

Desconfiado, o marido a seguiu. Ao presenciar a entrada dela no motel, resolveu aguardar em seu táxi o fim do encontro amoroso. Segundo testemunhas, quando o casal deixou o motel, o taxista abordou o policial aos gritos de "perdeu". O PM sacou a pistola e reagiu.

O confronto apavorou moradores da rua Coronel Soares, tradicional ponto de assaltos no bairro. Pelo menos um carro estacionado e um portão foram perfurados por tiros. Em desespero, a mulher do taxista correu de volta para o Sherazzade, onde refugiou-se, sem ferimentos.

O crime é investigado pela Divisão de Homicídios, que fez perícia na frente do motel. "Ainda é muito cedo para afirmar se o agente responderá por homicídio ou se foi legítima defesa. Falta ouvir testemunhas, o próprio policial civil, que está hospitalizado, analisar resultados das perícias ou até mesmo fazer novas perícias. Estamos apurando de forma detalhada a dinâmica do homicídio de Jaime Pavel", afirmou o delegado Fábio Cardoso, da Divisão de Homicídios.

A mulher de Pavel apagou seus perfis nas redes sociais depois de ser ofendida e ameaçada de espancamento por internautas.

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