Temer forma grupo de trabalho para elaborar proposta para a Previdência
Segundo presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), o grupo será formado por dois representantes de centrais sindicais, representantes do governo e coordenado por Padilha. Além da Força Sindical, indicarão nomes as Centrais Sindicais Brasileiras (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não participaram do encontro por serem contrárias ao governo Temer, mas também poderão indicar nomes ao grupo trabalho, se quiserem.
"O presidente disse que tem urgência em resolver essa questão da Previdência. A primeira reunião de grupo de trabalho da Previdência será na quarta-feira, às 9 horas", explicou Paulinho. De acordo com o deputado federal, Temer abriu a reunião dizendo que o modelo do governo dele é de negociação e discussão e, portanto, não abriu espaço para ministros expressarem opiniões pessoais sobre o tema.
"Não daria para (o ministro da Fazenda, Henrique) Meirelles falar nada de diferente dele (Temer)", afirmou Paulinho, numa referência às declarações do ministro sobre a necessidade de uma reforma previdência. "Não vamos aceitar mudanças nos direitos adquiridos de quem está no mercado de trabalho. Podemos discutir mudanças na Previdência para os que chegam ao mercado de trabalho", admitiu Paulinho.
Indagado se uma reforma trabalhista seria discutida no grupo de trabalho, Paulinho praticamente descartou o tema. "Em 30 dias não dá para discutir Reforma Trabalhista que é bem mais complicada", concluiu.
UGT
Já o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, afirmou, após reunião com Temer, que defendeu a volta da CPMF no encontro. "Eu defendi, mas sou favorável à CPMF carimbada, que em contrapartida o governo tire a gordura da máquina", afirmou. A informação foi antecipada pela Coluna do Estadão.
Para Patah, além dos 4 mil cargos que o governo Temer já prometeu cortar, é possível eliminar no mínimo 10 mil cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS). "Precisamos expor essa gordura e eliminar."
Segundo Patah, as falas de Temer e de Meirelles tiveram um tom conciliatório e o clima da reunião foi bastante tranquilo. "O Meirelles não fez defesa de nada. Não teve nenhum momento de tensão", afirmou.
A fala de Temer foi considerada bastante ponderada e tranquila e, segundo Patah, o presidente em exercício reforçou a ideia de que não quer deixar como legado a retirada de direitos trabalhistas.
Antes da reunião, o dirigente da UGT tinha se mostrado um pouco cético em relação a efeitos práticos do encontro. "Na vez anterior, Dilma (Rousseff) também falou em diálogo e fomos surpreendidos com medidas que prejudicaram o trabalhador", afirmou.
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