'Jucá deveria estar na cadeia', diz Telmário ao protocolar representação
"Jucá deveria estar na cadeia e só não está porque tem mandato", disse. Telmário, que mais cedo protocolou uma denúncia contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR), resolveu retirar o pedido e entrar com uma representação contra o peemedebista. Dessa forma, o senador pode ser punido com cassação e não com uma advertência ou censura, punições máximas previstas em uma denúncia.
No novo documento, o presidente do PDT, Carlos Lupi, assina a representação como representante do partido e Telmário como apoiador. O argumento é que Jucá, na gravação de uma conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, tentou obstruir a investigação da Lava Jato. No diálogo revelado ontem pelo jornal Folha de S. Paulo, o senador dizia ser necessário "trocar o governo" para "estancar" a operação.
Ao protocolar a representação, que deve ser apreciada pelo Conselho de Ética do Senado, Telmário rebateu os ataques feitos mais cedo por Jucá contra sua esposa. Ao comentar a representação que era alvo, Jucá disse que a mulher de Telmário é foragida da Justiça e deveria ser presa.
"Ele vive na bandidagem e acha que todo mundo é bandido igual a ele", disse o pedetista. Segundo Telmário, os processos contra sua esposa, condenada em segunda instância, ainda não foram encerrados. "Ainda estão analisando os habeas corpus impetrado por ela", defendeu.
Próximos passos
Antes que a denúncia passe a tramitar no Conselho de Ética do Senado, é feita uma avaliação de admissibilidade pelo presidente do colegiado, João Alberto Souza (PMDB-MA), que tem até cinco dias úteis, a contar do recebimento do processo, para aceitar ou recusar o pedido.
Caso aceita, a denúncia será analisada pelo conselho após o sorteio de um relator. Caso rejeitada, cabe recurso ao plenário.
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