Após caso de estupro coletivo, Temer promete criar delegacia da mulher na PF
"Vamos criar um departamento na Polícia Federal tal como fiz com a delegacia da mulher na Secretaria de Segurança Pública do governo Montoro, em São Paulo. Ela vai agrupar informações estaduais e coordenar ações em todo País", disse Temer. Na reforma ministerial, o presidente em exercício extinguiu o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
Temer confirmou que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, já convocou reunião com os secretários de segurança pública de todo País, para a próxima nesta terça-feira.
"É um absurdo que em pleno século 21 tenhamos que conviver com crimes bárbaros como esse", escreveu Temer.
O caso do estupro coletivo da jovem de 16 anos gerou revolta nas redes sociais depois que um dos agressores divulgou um vídeo com imagens da menina.
O presidente em exercício disse ainda que o governo está mobilizado, juntamente com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, "para apurar as responsabilidades e punir com rigor os autores do estupro e da divulgação do ato criminoso nas redes sociais".
Depois de um dia de silêncio, o primeiro a se manifestar sobre o caso no governo foi o ministro da Justiça, que mais cedo, divulgou nota informando sobre a reunião e também repudiando o ato criminosos. "O estupro representa a maior violência à dignidade da mulher e deve ser duramente reprimido", afirmou Moraes.
Segundo interlocutores do presidente, Temer estuda antecipar o seu retorno a Brasília. Na quarta-feira, ele embarcou para São Paulo para encontrar a família e passar o feriado prolongado. Para evitar que novos protestos acontecessem na porta de sua casa na capital paulista e atendendo a um pedido da família, Temer escolheu um "refúgio" e o local de seu descanso não foi divulgado.
Presidente afastada
Na quinta-feira, 26, a presidente afastada, Dilma Rousseff, já havia manifestado solidariedade à jovem de 16 anos estuprada por vários homens no Rio de Janeiro. Em sua página no Facebook, Dilma classificou o ato dos 33 agressores de "barbárie".
"Mais uma vez reafirmo meu repúdio à violência contra as mulheres. Precisamos combater, denunciar e punir este crime. É inaceitável que crimes como esse continuem a acontecer. Repito, devemos identificar e punir os responsáveis", disse.
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