Situação de Renan não é muito diferente da situação de Romero Jucá , diz senadora
Vanessa defende a suspensão das atividades da comissão do impeachment até que os áudios sejam esclarecidos. "Só a partir daí poderemos adotar medidas drásticas em relação a todos os envolvidos." Segundo Vanessa, todos os áudios divulgados até agora "apresentam a mesma linha", de tirar a presidente Dilma do cargo para aplicar uma outra política econômica e impedir as investigações da Operação Lava Jato. Vanessa também negou que haja algum tipo de "acordão" para proteger Renan na Casa. "Este mesmo Senado que cassou o mandato do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) não poderia agir com dois pesos e duas medidas em outro caso", defendeu.
No áudio divulgado nesse domingo, 29, pelo Fantástico, da TV Globo, durante conversa entre Renan, Machado e o atual ministro da Transparência, Fabiano Silveira, há três meses, o presidente do Senado mostra-se preocupado com um dos inquéritos a que responde no Supremo Tribunal Federal. Renan diz a Silveira para ter "cuidado" e que "esse negócio do recibo... isso me preocupa para c...". Silveira então discute com Renan e Machado a estratégia jurídica a ser adotada no caso. Silveira aconselha o peemedebista a não entregar uma versão dos fatos, pois isso daria à Procuradoria-Geral da República condições de rebater detalhes da defesa.
"A situação de Silveira é extremamente grave na minha opinião, porque é peculiar. Porque ele não é ministro das Cidades, nem o ministro de Desenvolvimento Regional, ele é ministro da Transparência, ele está no ministério que substitui a CGU, que tem como função manter viva a investigação dentro das instituições públicas. Ora, quando se divulga algumas falas dele criticando a maior operação de combate à corrupção do Brasil, penso que ele deixa de ter condições para continuar no cargo. Sem dúvida ele deveria deixar o cargo", afirmou.
Sobre as manifestações nesta segunda-feira, 30, dos funcionários da CGU contra Silveira, Vanessa disse que "não há a possibilidade de alguém se manter num cargo como esse sem possuir sequer o respeito de seus comandados".
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