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Comando Vermelho promoveu festa com lanche do McDonald's após fuga de hospital

19.jun.2016 - Traficantes invadiram o hospital municipal Souza Aguiar, no Rio, durante a madrugada, para resgatar um comparsa que estava internado sob custódia. Os criminosos trocaram tiros com policiais dentro da unidade. Uma pessoa morreu após ter o carro metralhado. A vítima aguardava atendimento no hospital e nada tinha a ver com a ação dos traficantes, que foram ao Souza Aguiar para resgatar um comparsa que estava internado sob custódia. Um funcionário da unidade e um policial militar ficaram feridos - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
19.jun.2016 - Traficantes invadiram o hospital municipal Souza Aguiar, no Rio, durante a madrugada, para resgatar um comparsa que estava internado sob custódia. Os criminosos trocaram tiros com policiais dentro da unidade. Uma pessoa morreu após ter o carro metralhado. A vítima aguardava atendimento no hospital e nada tinha a ver com a ação dos traficantes, que foram ao Souza Aguiar para resgatar um comparsa que estava internado sob custódia. Um funcionário da unidade e um policial militar ficaram feridos Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do Rio

21/06/2016 19h02

Criminosos da facção Comando Vermelho (CV) fizeram uma festa, com direito a lanches do McDonald’s, nas galerias do Presídio Bangu 3, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, depois que souberam do resgate do traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family. Ele foi levado do Hospital Municipal Souza Aguiar, no domingo, por cerca de 25 criminosos. Um homem morreu e dois ficaram feridos na ação.

A realização da festa foi comunicada ao juiz Eduardo Oberg, da Vara de Execuções Penais (VEP), por agentes penitenciários. Segundo Oberg, a comemoração foi organizada quando os criminosos envolvidos no resgate mandaram áudio, pelo aplicativo WhatsApp, a Edson Pereira Firmino de Jesus, o Zaca, tio de Fat Family.

Ele está preso na unidade. Em nota oficial, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) divulgou que "os diretores e chefes de segurança que estavam de plantão no domingo desconhecem qualquer tipo de comemoração".

Oberg determinou a abertura de dez inquéritos na Delegacia de Homicídio (DH) e na Delegacia de Combate às Drogas (DCOD). Também foi informada ao juiz a entrada no complexo de celulares, de um roteador de 8 quilos, que possibilitava comunicação via Wi-Fi livre na região, e munição. "Diante da omissão da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, determinei que cada um dos fatos narrados seja investigado. Esta comemoração é inadmissível, porque, além de ferir duas pessoas, ainda matou um inocente. Para um juiz, isso é crime de lesa-humanidade", disse o titular da VEP.

Oberg ordenou que 15 criminosos ligados ao CV sejam transferidos do complexo para presídios federais fora do Estado do Rio, para ficar sob monitoramento de modo rigoroso". A Secretaria de Segurança do Estado não divulgou prazos.