Polícia localiza sete carros usados no ataque em Ribeirão Preto
Os carros, incluindo uma van e um caminhão baú, foram localizados na tarde desta quinta-feira, 7, por funcionários de uma usina. Eles teriam sido abandonados no local após o assalto à Prosegur, no final da madrugada de terça-feira, 5.
Peritos se deslocaram à região para examinar os veículos e tentar encontrar pistas que levem aos bandidos. O canavial fica a cerca de 20 quilômetros do local do roubo, na Avenida Saudade, uma das principais de Ribeirão Preto. Nos carros havia carregadores, munição e uma arma.
A quadrilha, formada por 20 a 40 pessoas, teria usado 15 veículos na ação, mas alguns foram estacionados fechando ruas próximas à transportadora para dificultar a chegada da polícia. Outros foram incendiados. Na fuga, os bandidos também teriam trocado de carros.
"Os veículos usados para a fuga foram trocados, não tinham nada a ver com aqueles da ação", confirmou o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter 3), João Osinski Junior. Ele criticou o fato de que apenas um vigia estaria na transportadora de valores na hora do ataque.
"Será questionado por que não tinha os requisitos mínimos de segurança exigidos para tudo isso", contou. Osinski falou ainda que não se deve esperar uma resposta rápida para o caso. "Isso demanda investigações".
Horas após as declarações, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a recompensa de R$ 50 mil para quem fornecer informações que levem aos bandidos. A ação resultou no roubo de mais de R$ 50 milhões e na morte de duas pessoas, incluindo, um policial rodoviário.
As denúncias deverão ser feitas no site www.webdenuncia.org.br. Não há necessidade de realizar cadastro ou identificação pessoal, segundo a assessoria do governo, o que garante o sigilo absoluto.
Os recursos para o Programa de Recompensa são do Fundo de Incentivo à Segurança Pública (Fisp), que é administrado pela Secretaria da Segurança. A verba é liberada ao fundo para o pagamento da recompensa.
Segurança
A Prossegur negou que tenha sido negligente, argumentando que cumpre rigorosamente o que é exigido pela portaria que rege o setor de segurança privada. Alegou ainda que "investe constantemente em novas tecnologias para aumentar o nível de segurança de suas operações" e que "é vítima" nesse caso.
A apuração do roubo conta com o apoio de equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que foram deslocadas a Ribeirão Preto. A polícia já sabe que antes do crime a quadrilha ficou em uma chácara que foi alugada na entrada da cidade. Vizinhos contaram que uma festa foi realizada no local na véspera do roubo.
Segundo o tenente Tiago Pedroso, da Polícia Militar, uma viatura chegou a cruzar o comboio a caminho do roubo. Houve tiroteio e os bandidos prosseguiram com a ação.
"Outras viaturas ajudaram e fizeram um cerco no local", contou o PM. Porém, para evitar a aproximação, além de fechar ruas e incendiar carros, bandidos jogaram pregos nas esquinas e disparam mais de mil tiros de fuzis contra os militares.
Além de armamento pesado, que incluiu uma metralhadora .50 capaz de derrubar aeronaves, a quadrilha usou dinamites para explodir o prédio da transportadora e chegar aos cofres.
A empresa voltou a operar nesta quinta, 7, apesar do imóvel parcialmente destruído, mas reforçou a segurança.
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