Olimpíada vira tema de projetos em sala de aula
No Colégio Santa Maria, no Jardim Marajoara, na zona sul da capital, os alunos do 3º e do 4º ano do ensino fundamental praticam, de forma adaptada, vôlei, atletismo, ginástica rítmica e artística. Segundo o professor Cleber Pereira da Silva, além de ampliar o repertório, com essas modalidades é possível trabalhar habilidades motoras das crianças e também o respeito e a lealdade nas competições.
"Eles ficam muito empolgados em aprender algo novo, principalmente porque estão escutando muito sobre a Olimpíada. É uma oportunidade não só de apresentar os esportes, mas de fazer com que desenvolvam outras habilidades, como o respeito e a empatia mesmo em um ambiente de competição", diz.
Segundo Silva, por praticar esportes até então "desconhecidos", as crianças no início têm receio de se machucar ou de não fazer tão bem os movimentos, o que serve para estimular também a criatividade e a resiliência. "No salto em distância, algumas crianças tinham medo de pular na caixa de areia e se machucar. Mas, depois de duas ou três tentativas, já estavam todos confiantes", afirma o professor.
Para o 3º ano, a escola também montou um projeto em que as crianças terão de criar um "Jogo Olímpico". O exercício é feito junto com as aulas de Português, uma vez que os alunos precisam fazer um texto para apresentar os objetivos e as regras dos jogos.
Para todos
No Colégio Marista, na Vila Mariana, também na zona sul, os Jogos Olímpicos são tema para projetos de todas as séries, do ensino infantil ao médio. Para cada idade, o assunto é aprofundado de uma forma. Os alunos do ensino infantil trabalham os valores humanos, como amizade e respeito, e habilidades motoras com esportes adaptados para a idade.
Já no fundamental 1 (do 1º ao 5º ano), as crianças são apresentadas a todos os esportes olímpicos e têm a oportunidade de praticar alguns, como atletismo, judô e esgrima - o florete é adaptado com material reciclável. O fundamental 2 (do 6º ao 9º ano) trabalha os Jogos Paralímpicos. "Eles jogam vôlei sentado e futebol para cegos. É uma forma de compreenderem melhor as deficiências físicas", afirma Regiane Bina, coordenadora da área de educação física do colégio.
No ensino médio, os estudantes são estimulados a fazer uma análise mais crítica dos Jogos, usando temas polêmicos, como as obras feitas no Rio para receber o evento, a segurança da cidade e doping. É também pelo viés crítico que o Colégio Mary Ward, no Tatuapé, zona leste, aborda o tema. Os alunos do 8º ano estão produzindo podcasts (programas de rádio) sobre a Olimpíada.
No colégio Pio XII, no Morumbi, zona sul, estudantes do fundamental 1 vão construir um "livro das modalidades", no qual explicam os esportes e também comparam fotos atuais com obras de arte que retratam os Jogos Olímpicos. "É um tema bastante amplo, por isso, conseguimos trabalhar todas as disciplinas. Só nesse projeto do livro é possível trabalhar educação física, Português e artes", diz Fátima Miranda, diretora do Pio XII.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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