Procurado por crimes de guerra na Bósnia é preso em Indaiatuba (SP)
Ceranic chegou ao Brasil em 2011, segundo ele legalmente, e não reagiu à prisão. Levado para a Superintendência da Polícia Federal em Campinas, foi transferido na madrugada deste domingo para a sede da PF em São Paulo, de onde será deportado para a Bósnia nos próximos dias e entregue à Justiça local.
Segundo o tenente Alexandre Ribeiro, do 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), que comandou a operação, Ceranic não reagiu à prisão e disse que não tinha noção de que era procurado por crimes de guerra. "Ele confirma que participou do conflito, mas que não atacou a população civil. Ainda segundo ele, desde o fim do conflito, quando saiu da Bósnia, passou por diversos países e entrou no Brasil pela alfândega", disse o tenente.
Na página da Interpol, entretanto, o ex-major, nascido em Trebinje, na Bósnia, era procurado como alerta vermelho - um aviso de busca internacional ou pedido de extradição. Ele estava casado no Brasil e trabalhava como pintor de paredes. As investigações para a captura foram feitas entre os setores de inteligência da Polícia Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O conflito étnico da Bósnia foi entre sérvios cristãos ortodoxos, croatas católicos romanos e bósnios muçulmanos. Cerca de 100 mil pessoas morreram.
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