Pressionado, Haddad recua de mudança na previdência de servidores
Na manhã desta quinta-feira, 25, em debate promovido pelo Sindicato dos Especialistas em Educação do Ensino Municipal, o prefeito anunciou a retirada do projeto de lei que prevê a criação da Sampaprev (regime de previdência privada do funcionalismo) e a criação de 96 cargos efetivos de supervisão em escolas municipais.
Segundo Haddad, o recuo em relação à Sampaprev foi motivado pela ameaça do Sindicato dos Profissionais em Educação do Ensino Municipal (Sinopeen) de deflagrar uma paralisação a partir de sexta-feira, 26. A criação da Sampaprev é rejeitada por grande parte dos 155 mil servidores municipais que temem perder direitos com o novo regime previdenciário.
Na semana passada Haddad acusou o presidente do Sinpeen, Claudio Fonseca, de fazer uso político da paralisação. Fonseca é filiado ao PPS, que apoia o candidato tucano à Prefeitura, João Doria. Segundo o prefeito, o projeto de lei foi apresentado para cumprir uma exigência do Ministério da Previdência.
Neste quinta-feira, Haddad mudou o discurso, disse ter conversado com o presidente do sindicato e combinado fazer um "gesto" para impedir a paralisação marcada para sexta e deixar o debate para depois das eleição.
De acordo com o prefeito, o foco tanto do sindicato quanto da Prefeitura é barrar a PEC 241, apresentada pelo presidente em exercício, Michel Temer, que cria um teto de despesas para o governo federal e deve reduzir as verbas para educação.
"Continua sendo uma exigência do Ministério da Previdência mas durante o período eleitoral nós não queremos confundir com o que nos interessa que é barrar a PEC 241. Não vamos nos dividir em um momento tão delicado da vida nacional", explicou Haddad. "Ele (Fonseca) falou que se (a Prefeitura) fizer o gesto de adiar essa discussão para um momento mais oportuno (o sindicato) vai considerar", completou o prefeito.
Além disso Haddad prometeu criar 96 cargos de supervisão na rede pública de ensino. Segundo ele o projeto de lei já está pronto e deve ser apresentado logo depois da eleição. O petista negou que a criação dos cargos seja uso eleitoral da máquina pública.
"Como a rede expandiu muito, na semana que vem vamos celebrar mais de 400 creches abertas, precisa de um trabalho de supervisão. Havia dúvida se eu podia encaminhar em ano eleitoral e chamar os diretores concursados. O Jurídico entendeu que eu posso. Não há impacto orçamentário porque vamos substituir temporário por concursado", justificou o prefeito.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.