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Número de mortos em terremoto na Itália sobe para 267 e ainda há desaparecidos

26/08/2016 10h10

Milão - O número de mortos por causa do terremoto no centro da Itália subiu para 267, após as equipes de resgate retirarem mais corpos dos escombros. Além disso, os esforços para buscar sobreviventes foram complicados por tremores secundários. Na quinta-feira, o balanço estava em 250 mortos, após um terremoto de magnitude 6,2 atingir a pequena cidade de Amatrice e a área próxima, no início da quarta-feira.

No fim da madrugada desta sexta-feira, um terremoto de magnitude 4,7 atingiu uma área 5 quilômetros a noroeste de Amatrice, segundo o Serviço de Pesquisa Geológica dos EUA. A cidade mais devastada pelo tremor, Amatrice já registra cerca de 200 mortes, em uma população de 2.600 pessoas. O prefeito da cidade, Sergio Pirozzi, disse que pelo menos 15 pessoas ainda estão desaparecidas. Autoridades dizem que as buscas continuarão até que exista a certeza de que não há corpos em meio aos escombros.

Os tremores secundários desta sexta-feira, embora fortes, não causaram mais vítimas. De qualquer modo, atrapalharam os esforços na busca por sobreviventes e também deixaram mais frágil uma ponte que é responsável por um dos dois acessos de estradas para a cidade. A ponte foi fechada e os novos estragos são avaliados, disse Immacolata Postiglione, diretora do serviço de emergências da Agência de Proteção Civil Italiana, em entrevista coletiva. "Bombeiros e técnicos estão no local e tentam encontrar uma alternativa para a ponte", disse ela.

Cerca de mil tremores secundários já atingiram a área desde o terremoto da quarta-feira, sendo 100 deles com magnitude entre 3 e 4 e dez entre 4 e 5, segundo o Instituto Nacional Italiano de Geofísica e Vulcanologia. Um sismólogo do instituto, Romano Camossi, disse que é impossível prever quanto durarão os tremores secundários, já que cada terremoto é diferente. Camossi lembrou que, após um terremoto no centro italiano em 1997, houve tremores secundários durante oito meses.

Um dos médicos envolvidos no resgate, Antonio Ientile disse ter pouca esperança de encontrar alguém ainda vivo. "É preciso muita sorte e uma constituição física forte para sobreviver" tanto tempo entre os escombros, reconheceu.

No fim da quinta-feira, o governo italiano aprovou 50 milhões de euros (US$ 56 milhões) para ajudar as áreas atingidas. As pessoas que vivem nas casas danificadas terão uma isenção fiscal por um período ainda não especificado. Fonte: Dow Jones Newswires.