ANJ premia jornalistas do PR por série sobre alto salário de juízes e promotores
A série de notícias motivou 48 ações judiciais de juízes e promotores contra os profissionais, causando repúdio na opinião pública e na imprensa.
Ao entregar o prêmio, o diretor do Grupo Estado e da ANJ, Francisco Mesquita Neto, lembrou que, nos anos anteriores, a entidade reconheceu a importância do Poder Judiciário na garantia das liberdades individuais e coletivas, e em particular da liberdade de imprensa. "Se em outros anos, a entrega do Prêmio ANJ teve uma dimensão efusiva e congratulatória, neste ano a honraria representa um justo reconhecimento às melhores práticas jornalísticas e à determinação de um jornal de cumprir com a missão de serviço público", afirmou Mesquita Neto. "Ninguém, nenhuma instituição, contudo, pode se pretender acima da lei", destacou.
O repórter Euclides Garcia, um dos premiados, relatou que a equipe chegou a andar 10 mil quilômetros, às vezes percorrendo trechos diários de 800 quilômetros, para comparecer às audiências marcadas em diversas localidades do interior paranaense, decorrentes das ações abertas pelos juízes e promotores.
Numa primeira análise do caso, a ministra Rosa Weber do Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido para suspender o conjunto de ações. Depois, ao avaliar recurso apresentado pela Gazeta do Povo, a ministra mudou de posição.
No recurso, o jornal apresentou um áudio em que o juiz Walter Ligeiri Junior, de Paranaguá, afirmou que os jornalistas teriam que viajar muito para responder processos e 700 magistrados preparavam ações contra o jornal e seus profissionais.
Euclides disse que a expectativa agora é que o Supremo suspenda definitivamente as ações. "A Gazeta (do Povo) deu todo o suporte para a gente", afirmou o repórter. "Se o problema tivesse ocorrido com um pequeno blog, um blog ou um pequeno veículo que faz jornalismo dificilmente os profissionais teriam condições de fazer essas viagens".
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