Repatriação pode voltar ao Congresso no ano que vem
Fontes da Receita Federal, porém, afirmaram que essa possibilidade enfraquece o programa e que os auditores estão prontos para iniciar operação de fiscalização em contribuintes que têm recursos fora do País não declarados e não fizerem a regularização até o dia 31 de outubro. Os fiscais têm em mãos um conjunto amplo de informações já repassadas pelos EUA e outros países para abertura do processo de fiscalização. Oficialmente, a Receita recomendou ontem que os contribuintes façam a declaração até dia 31 de outubro. O secretário da Receita, Jorge Rachid, já afirmou várias vezes que a data não será alterada.
Discussão
Mesmo com as diversas tentativas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em tentar recolocar novamente a discussão em torno na lei de repatriação, o presidente Michel Temer avalia que o assunto, neste primeiro momento, está encerrado. A lei atual atende aos interesses do governo e o prazo, até o dia 31 deste mês, para que interessados repatriem recursos é o final. Apesar disso, o Planalto não descarta voltar a discutir o tema no futuro.
Na avaliação do Palácio, a ideia de trazer novamente o tema à mesa, portanto, não interromperia a lista de prioridades do governo que, depois de aprovar a PEC do Teto em segundo turno na Câmara, deve finalmente iniciar os debates em torno da Reforma da Previdência.
Segundo Maia, a edição de um novo programa em 2017 não é viável, já que no ano que vem os principais países já estarão fazendo troca de informações com a Receita brasileira. Ele avaliou, no entanto, que uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) poderá resolver o problema da lei que impede que familiares de políticos, até o segundo grau, façam a adesão ao programa. Sobre o seu envolvimento nas tentativas de mudança na lei, Maia ressaltou que recebeu pedidos de parte do governo nesse sentido.
"Ouvindo advogados e bancos, vi que de fato a lei ficou com uma grave insegurança jurídica", disse. Pelos seus cálculos, o governo deixará de arrecadar de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões.
Sem conseguir emplacar o projeto que flexibilizava as regras da repatriação, Maia e o relator da proposta, deputado Alexandre Baldy (PTN-GO), pressionam o governo federal agora a editar uma medida provisória (MP) para dividir com Estados e municípios a multa arrecadada com o programa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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