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"Escolhi o PMN porque queria ficar livre da Lava Jato", diz Greca

30.out.2016 - Rafael Greca (PMN) vota no segundo turno das eleições municipais - Giuliano Gomes/Estadão Conteúdo
30.out.2016 - Rafael Greca (PMN) vota no segundo turno das eleições municipais Imagem: Giuliano Gomes/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

03/11/2016 12h08

O prefeito eleito de Curitiba, no Paraná, Rafael Greca (PMN), afirmou nesta quinta-feira (3), em entrevista à "Rádio Estadão", que escolheu o partido, considerado como nanico no cenário nacional, para escapar dos conflitos da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras e afeta políticos de grandes legendas no país.

"Eu escolhi o PMN porque eu queria ficar livre desse conflito da Lava Jato que infelicita a nação. Estava no PMDB e não me elegi na época (em 2012). Agora, pelo PMN, percebi que meu partido era Curitiba", disse Greca. Ele afirmou que seu propósito na administração é fazer um bom serviço público "nem de direita, nem de esquerda, mas centrada no bem." Greca foi um dos políticos de partidos pequenos eleitos em importantes capitais, ao lado de Alexandre Kalil (PHS) em Belo Horizonte e de Marcelo Crivella (PRB) no Rio de Janeiro.

Na entrevista, Greca prometeu que a máquina pública será reduzida "na proporção do possível", que privilégios serão diminuídos e o dinheiro vai ser colocado "realmente na ponta onde o povo está". O político afirmou que ainda nesta quinta faria uma reunião de transição com o atual prefeito da capital paranaense, Gustavo Fruet (PDT), que tentou a reeleição e não chegou ao segundo turno. "Eu espero dele um comportamento republicano. Eu e ele não temos direito de ter vontades particulares, ambos somos servidores do povo de Curitiba", afirmou.

Greca foi eleito no segundo turno com 53,25% dos votos válidos, contra 46,75% de Ney Leprevost.