Aula de ginástica silvestre ganha adeptos
Os treinos duram uma hora e meia e a criatividade é um ponto explorado, segundo Olivério. "Em seis semanas de treino, não tem um exercício repetido. Fazemos brincadeiras e vamos graduando de acordo com o condicionamento físico dos alunos." Por mês, em um plano anual, os alunos pagam R$ 200.
A securitária Maria Angélica Fernandes Amaral, de 55 anos, realiza atividades físicas há cinco anos, mas seu foco eram os treinos de corrida. Ela diz que a alegria dos participantes durante a ginástica é contagiante.
"A gente se exercita e se diverte. As pessoas têm esse sentimento de alegria e de bem-estar. Subimos em pneus, temos contato com a natureza e somos levados para o tempo de criança."
O exercício tem dado mais energia para a aposentada Yara Bellini, de 62 anos, brincar com os netos de 8, 5 e 2 anos de idade. "Perdi o medo de altura, consigo pular e fazer vários desafios no parquinho. É interessante resgatar movimentos de quando eu era criança, porque acompanho os meus netos com o mesmo dinamismo. Meu marido também treina e meus netos ficam felizes por ver que os avós os acompanham."
Yara já praticava atividades físicas há oito anos e não teve uma boa experiência em academias tradicionais. "Fiquei por cinco anos, mas tive uma lesão no braço e não quis voltar."
Fluente
Há 13 anos, o educador físico José Augusto Meneghatti desenvolveu as aulas do movimento fluente, um treino que tem como foco trabalhar não só a parte física, mas também nutricional e mental. A aula começa com explicações da estrutura do corpo humano. Depois, são feitos alongamentos. Então, os movimentos dos primeiros anos do desenvolvimento humano são realizados.
"Fazemos um trajeto com obstáculos e as pessoas brincam nele. Elas escalam uma miniparede, passam pelo trepa-trepa. A atividade é bastante intensa e tem todas as ações humanas: agarrar, saltar, correr, caminhar e se pendurar. Isso faz com que a pessoa se movimente", explica Meneghatti. As aulas estão disponíveis em seis cidades: Ilhabela (SP), São Paulo, Campo Grande (MS), Rio de Janeiro, Londrina (PR) e Valinhos (SP) e reúnem quatro alunos por sessão.
A professora de Educação Física Simone Mendes dá as aulas em São Paulo desde 2007 e diz que os alunos são estimulados a se movimentar no dia a dia. "É importante ter atividades diárias. A criança, por exemplo, não fala que vai brincar das 7 horas às 8 horas. Essa regulação, que é natural, vai se perdendo ao longo dos anos e é só por isso que a gente é capaz de passar oito horas sentado e trabalhando."
Em março deste ano, o farmacêutico bioquímico Tiago da Costa Endrigue, de 34 anos, começou a treinar. Ele, que já praticou futebol de salão e kung fu, notou benefícios na prática. "O que sinto é que esse treino me ajuda na vida. Esses movimentos da infância são a base para eu fazer coisas mais complexas. É o exercício mais completo que achei até agora." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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