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MP apresenta recurso após Justiça de SP inocentar acusados de cratera do Metrô

Vista aérea mostra cratera que se abriu após desabamento das obras da linha 4 do metrô - Raimundo Pacco/Folha Imagem
Vista aérea mostra cratera que se abriu após desabamento das obras da linha 4 do metrô Imagem: Raimundo Pacco/Folha Imagem

Em São Paulo

10/01/2017 21h31

O procurador-geral de Justiça de São Paulo apresentou recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça por entender que os responsáveis pela tragédia da cratera do Metrô 'foram negligentes'. Sete pessoas morreram após o desmoronamento do canteiro abrir uma cratera de mais de 80 metros de diâmetro e 30 de profundidade, em 2007.

Em outubro de 2016, a Justiça de São Paulo inocentou todos os 14 acusados pelo acidente na obra da Estação Pinheiros. A cratera engoliu casas, três carros, três caminhões e um micro-ônibus que passava pela região.

"Diante do quadro, era previsível que o desabamento poderia ocorrer", assinala Gianpaolo Smanio, chefe do Ministério Público paulista.

"Ainda assim, os réus determinaram o prosseguimento das obras, agindo, portanto, com imprudência. Além disso, no dia do acidente, ao perceber o agravamento da situação, foram negligentes, ao não determinar o isolamento da área, o que acabou levando à morte de pessoas que estavam do lado de fora do canteiro de obras."

Entre os réus da ação penal, cinco eram funcionários do Metrô e nove do consórcio responsável pela obra ou de empresas terceirizadas.

As obras da Linha 4-Amarela eram realizadas pelo Consórcio Via Amarela, liderado pela Odebrecht. As empresas OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez também faziam parte do consórcio.