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Facção paulista envia mais armas para aliados no Rio

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Imagem: Divulgação

Em São Paulo

12/01/2017 07h31

O PCC (Primeiro Comando da Capital) continua abastecendo aliados no Rio com armas de guerra. Nesta semana, o Serviço de Inteligência da polícia paulista descobriu que os criminosos mandaram pelo menos 17 fuzis para a facção ADA (Amigo dos Amigos), que atua principalmente na Favela da Rocinha, na zona sul carioca.

Não há informações de como a encomenda foi transportada, mas se sabe que foi dias após o massacre que matou 60 detentos nos presídios de Manaus. Todos os mortos eram do PCC. Bandidos da FDN (Família do Norte), facção que domina o Norte do país, são apontados pelas autoridades como os responsáveis pelas mortes.

A Polícia Civil de São Paulo também tem a informação que o PCC havia mandado outros 14 fuzis para a ADA no segundo semestre de 2016. Alguns integrantes da facção criminosa paulista estariam morando na Rocinha para ajudar os aliados no controle do tráfico local.

Guerra declarada

Segundo as investigações comandadas pelo promotor Lincoln Gakiya, é possível afirmar que os massacres nos presídios do Norte do País estão relacionadas com a guerra declarada entre o PCC e o CV (Comando Vermelho).

Aliados desde os anos 1990, os bandidos romperam relações em junho de 2016, após a morte do narcotraficante Jorge Rafaat, que comandava o tráfico na fronteira com o Paraguai. "O PCC passou a dominar esse espaço e não dividiu com o CV", explicou.

Para o procurador de Justiça Marcio Sérgio Christino, especialista em crime organizado, a guerra entre as duas facções foi declarada em outubro, após a morte de 18 detentos em presídios de Roraima e Rondônia. "Simultaneamente, o CV fortaleceu alianças com facções locais das regiões Norte e Nordeste, onde o PCC enfrenta forte oposição. Já o PCC fez aliança principalmente com inimigos do CV, como a ADA."

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Massacres são reflexo de disputa nacional entre facções

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